sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Desta história de amor...

Acordar em conjunto e reconhecer no olhar ensonado como é bom termo-nos por perto, um no outro. Preparar café para dois e, por mais que esta distância [provisória] do mar e da família nos custe, sentir que é estando por perto que as coisas fazem sentido. Venham mais seis anos. 

Venham meias dúzias e dúzias aos molhos.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

"Ai destino, ai destino..."

Isto de ter um senhor das obras a cantar o tema fatídico de Tony Carreira durante o seu trabalho no pátio do meu prédio enquanto me encontro à procura de potenciais futuros locais de trabalho, não pode resultar em algo bom. E é isto.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Não te queixes...

Menos de um mês depois de terminada a licenciatura surgiu a oportunidade de trabalhar [sim, trabalhar!] na minha área. É uma substituição, é certo, mas é trabalho, é uma porta que se abriu, são pessoas novas que conheço todos os dias, é dinheiro, é experiência. É tudo o que podia pedir nesta fase, mas não é.
Questiono-me todos os dias sobre aquilo que faço e, apesar de gostar tanto desta profissão, existem tantos sítios onde é mal representada e estou num deles. Apesar disso continuo a questionar-me: "Porque é que ainda te queixas?" 
É uma substituição, é certo, são "só" mais uns dias e provavelmente terminou, ainda assim, fico a pensar se gostaria de ali ficar muito tempo e sei que não. Mas, seria capaz de recusar uma proposta deste local, caso ma fizessem? Também não porque preciso do dinheiro, da experiência, das pessoas e do trabalho. 
Até quando continuaremos, todos nós, os de todas as profissões, a aceitar "contratos" e propostas, só porque precisamos e não porque gostamos verdadeiramente do que fazemos e onde o fazemos?
Mas porque é que eu ainda me queixo?... É um contra senso.

Qualquer dia vira rubrica...

Ainda na saga dos programas da tarde e dos temas interessantes que neles se aborda, ontem falava-se em ideias e projectos originais em Portugal. Até aqui tudo muito bem, não fosse o jovem estar a apresentar um instrumento todo XPTO que serve para proteger as chuchas dos bebés de se sujarem quando caem ao chão. À parte da funcionalidade do objecto, algures na entrevista, foi-lhe perguntado porque é que um jovem teria criado algo para bebés, uma vez que ainda era novo e não tinha filhos.

Resposta: "Pois, os bebés são pessoas simpáticas."

Hun? Pois, às vezes até são.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sex Tape - O filme

Dá para umas gargalhadas mas é mais do mesmo no que toca a comédias (românticas) e eu já devia saber que se é para gastar tanto dinheiro no cinema é para ver alguma coisa decente.

Ainda assim, o nosso método "moeda ao ar" levou a melhor para este filme e lá fomos.



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Constatando...

Isto de chegar relativamente cedo a casa permite-me lanchar nas calmas e, na maior parte das vezes, em frente à televisão. Como temos a TDT e a coisa não está para muitos gastos, pelo menos para já, lá tenho de me contentar com os 4 canais que temos. Ora, e como devem ter ouvido falar, gente que trabalha até mais tarde e não vê TV à hora do lanche, o que reina na televisão portuguesa, ali algures pelas 16h, é o programinha da tarde, muito jeitosinho, muito dado à conversa, a um certo glamour e, principalmente, à boa música. Com esta minha nova rotina constatei que há mais "cantores" pimba por metro quadrado em Portugal do que baratas nesta casa [já foram mais que entretanto o exterminador já cá veio aplicar o milagre do extermínio].

E não vamos falar do nível das letras. É melhor não...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Obrigadinha, sim?

Nos correios, a enviar documentos.
O funcionário repara que tenho uma cópia autenticada. "Menina, não me diga que fez isso aqui ao lado... Pagou 14€, certo?" Eu, com um ar relativamente feliz por achar o valor "razoável" quando comparado com o que se pede por aí, mas só por comparação, porque é um abuso o que se pede pela porcaria de um carimbo numa folha de papel, fiquei amarela quando ele me diz que numa outra junta pagaria 2€. Isso mesmo, 2€.

Lá se foram 12€ passear, mesmo a coisa está boa...

Coisas que me mexem com o sistema

Ver alguém tratar mal outras pessoas, especialmente em frente a outras.

Ontem, numa junta perto de si, fui atendida por uma senhora muito simpática mas, e provavelmente por aparentar estar numa idade próxima da reforma, não muito dada a novas tecnologias ou a velhas, por sinal.
Não sendo eu cidadã da dita junta, era necessário criar-se uma ficha provisória (é assim que espero que seja esta minha estadia por cá). Atrapalhada na realização da mesma ficha através do computador, pediu ajuda a uma colega, visivelmente mais nova. A partir daqui foi um filme bem deprimente. A mais nova, se calhar já cansada de tantas solicitações mas ainda assim sem desculpa para tal atitude, desata a refilar em frente a toda a gente, com a senhora. "Ainda se fosse a primeira vez até entendia..." "Seleccione o nome... Só com o olhar não vai lá que isto ainda não é modelo de última geração..." "Hoje!"...

Nem olhava para ela tamanha a minha indignação, não por mim mas pela senhora que certamente se sentiu muito envergonhada e provavelmente já com uns bons anos de serviço em cima das costas a mais do que a outra garota...

No final lá lhe disse baixinho que estava tudo bem e que não tinha pressa. Irrita-me esta falta de respeito pelos outros. Irrita-me esta mania, esta falta de vontade.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Lei de Murphy

No supermercado, aqui perto de casa, é raro falhar esta lei, pelo menos para mim. Por ser mais pequeno, as funcionárias conhecem a maioria dos clientes. Então, é vê-las perguntar pelo cão, pelo gato e pela tia-avó. Nisto, a fila vai aumentado à mesma velocidade que a minha paciência vai diminuindo.
O engraçado é que, na hora de escolher a caixa, eu nunca falho: vou sempre para aquela que apesar de aparentemente estar a fluir, na realidade não passa de uma ilusão óptica e é aquela que me vai fazer "perder" mais tempo.

Damn you, Murphy!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Dia Internacional do Canhoto

"Ser canhoto é igual a ter olhos castanhos ou verdes, ouvido para a música ou mão para o desenho. Não é doença, não é defeito, não é nada - é normalidade"
Rui Vaz

Porque eu também sou canhota, um dia bom para nós!

Mudando de assunto

No meio das mudanças, das limpezas e do desespero das baratas ainda tem de haver tempo para continuar esta minha busca por trabalho. No outro dia ligaram-me de um dos sítios aonde fui bem recebida quando fui entregar o currículo pessoalmente. Nem quis acreditar que seria tão rápido. Para já é só para fazer uma substituição, ainda assim dá-me uma certa força para continuar. Nem chega a um mês mas é experiência [e uns trocos que dão sempre jeito]. 

Por agora, 'bora continuar esta busca...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #4

... Espero que seja a última (crónica).

Finalmente esteve cá o exterminador [adoro este nome, até parece coisa de filme]. A ideia foi dar cabo das baratas TODAS mas hoje ainda vi uma e começo a achar que a coisa não ficou bem resolvida.
No entanto, e depois de muitos dramas, muita vontade de mandar o dono ir dar uma volta à Povoa e de mudar de casa não fosse a existência de um contrato, depois de tanta barata morta acho que estamos finalmente a chegar ao fim da mudança em si. Estamos a começar a nos habituar a esta nova casa e a esta nova vida e, depois de tudo, só espero que seja uma boa mudança para os dois.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #3

O que salva o dono desta casa é que, realmente, se trata de um senhor minimamente educado e prestável, no entanto, está metido em tanta merda coisa, desde casas para arrendar a uma cadeia de pastelarias para gerir e sabe-se lá mais o quê, que é o cabo dos trabalhos para conseguir que passe por cá ou atenda a porcaria do telefone e para que, efectivamente, consiga dar conta da situação das casas que arrenda.
Valeu-nos ter amigos que puderam disponibilizar gentilmente a sua sala para que pudéssemos pernoitar nas três noites que se seguiram ao incidente do caos instalado na "nova" casa, caso contrário não sei como iríamos resolver a situação. Lá no fundo até sei bem, eram três noites muito bem passadas num hotel 5 estrelas bem jeitoso com vista sobre o Douro, cortesia do dono acelerado. Isso ou encostados a um dos pilares inferiores da ponte D. Luís.
O pior é que a desgraça não acaba aqui. Terminadas as pinturas, pudemos finalmente mudarmo-nos. Não faço ideia que tipo de povo cá viveu antes mas, tenho a dizer que aproximavam-se de seres selvagens tamanha a porcalhice instalada, principalmente, na cozinha. Juro que quando viemos ver a casa não nos apercebemos de nada e começo a acreditar que montaram todo um esquema de disfarce para que ficássemos com a casa. Nunca vi tanta gordura junta [parte boa: conheci o Mistolin, o melhor detergente limpa gorduras que existe por aí] acompanhada de um cheiro tão desagradável provenientes de uma cozinha. Acho que nunca limpámos tanto como nos últimos dias. 
Mas, como é óbvio, tinha de haver mais qualquer coisa, só para não pudermos, finalmente, descansar... Baratas. 

What else?

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #2

Terminado o drama da água, até porque conseguimos apanhar os homens à saída do prédio e pedimos-lhes carinhosamente que voltassem a abrir a água para nós enchermos a banheira e o lavatório e assim terminarmos as limpezas, um arraial portanto, viemos até à "nova" casa, já com alguma da tralha.
Foi-nos dito que os inquilinos anteriores teriam saído dois dias antes e que de seguida um pintor teria dado uma mãozinha pela casa.
Ao chegar ao prédio ligámos ao dono que nos informa que tocássemos à campainha uma vez que ainda demorava e o pintor estaria lá em casa a terminar o trabalho. Já comecei a fumegar. Pintor? Oi? Então já não era suposto estar pintado há dois dias? E como é que vamos dormir aqui com o cheiro a tinta?
Muita calma, se calhar estava mesmo só a arrumar a tralha dele e já estava tudo pintado, vamos lá ver.
Campainha avariada, horas para nos abrirem a porta. Porta aberta. O caos.
"Oh menina, terminar? Ui... Só agora comecei. Os inquilinos saíram hoje."

E começou a minha jornada de dois dias de "sem-abrigo" com a casa às costas...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #1

Finalmente consegui ligar o meu PC. No meio de caixotes e tralhas por arrumar, é verdade,  mas o que é certo é que consegui encontrá-lo enfiado numa mochila entre a confusão e cá estamos, com 5 minutinhos para "espairecer".

Muito havia por contar sobre os últimos dias, a começar por termos feito um contrato que implicava entrar dia 1 de Agosto com a casa pronta a habitar e, eis que só no dia 3 a situação foi possível e, ainda assim, existe um sofá desmontado no meio da sala para ser levado daqui para fora tamanho é o odor [cheiro do demo] que ele emana.
Mal sinto as cruzes devido ao transporte da tralha que acumulámos que mais parece que somos 10 das nossas coisas mas, a seu tempo, está tudo a ir ao lugar, literalmente. A parte engraçada da coisa é que com toda a gente lá de casa do rapaz a se mudar, esta mudança foi uma espécie de super-mudança, ora levávamos caixas para uma casa, ora para outra e apesar de parecer que nunca mais iria terminar esta maratona, foi mais fácil descompensarmos todos juntos.

Mas, comecemos pelo início. Dia 31 de Julho, 11 horas da manhã. Último dia na casa anterior. Últimas arrumações. A minha pessoa besunta as mãos com sabão, liga a torneira e sai apenas uma última gota de água, tão solitária quanto o sol ultimamente. "MENINOS, JÁ NOS CORTARAM A ÁGUA!" Casas de banho por limpar, vidros com sabão, balde da esfregona sujo e, pior de tudo, as minhas mãos cheias de sabão!

Tinha tudo para correr bem.