quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Percebes que tens mesmo um problema hormonal quando choras a ver a publicidade da Galp


"És mais importante do que pensas!"

Actualizando de uma só vez

Foi em Novembro que deixei por aqui algum sinal de vida e, apesar de parecer que isso foi mesmo há poucos dias, aconteceram tantas coisas desde então. 
Era suposto, num blog, fazer uma partilha mais regular, com certos detalhes, mas isto também nunca foi um blog normal e portanto, aguentem:

Comecei a receber um ordenado do qual me orgulho. Tive novos clientes e reencontrei antigos. Tratei bebés. Conheci novas pessoas. Fortaleci laços que hoje sei que serão para a vida. Mudei a minha alimentação e hábitos de vida devido um problema hormonal. A cada dia gostei ainda mais de um bebé. Aprendi a ser tia. Dei por mim a entrar mais vezes em lojas de roupa de criança do que de mulher. Senti saudades. Fui a um aniversário de 50 anos. Li um discurso para a aniversariante e emocionei-me. Chateei-me. Fui a um casamento de uma amiga de infância. Revi amigos. Vesti-me de amarelo. Fui a um aniversário de 25 anos. Cantei durante a festa toda (sóbria) e fiquei conhecida por saber letras de músicas desde Quim Barreiros a Frank Sinatra. Abracei com força. Passei mais um Natal. Não comi demais. Passei mais uma passagem de ano. Fiz resoluções que não sei se vou cumprir. Chorei. Cansei-me de não ver resultados. Recebi convites para novos trabalhos. Aceitei. Trabalhei em vários sítios em simultâneo. Fiz muito pouco exercício físico. Passeei. Preocupei-me. Chorei. Vi resultados das mudanças que implementei. Acreditei. Dei por mim a perceber que sou capaz de comer de tudo, mesmo coisas muito amargas e verdes (desde que me faça bem). Percebi que está tudo na nossa cabeça. Despedi-me de quem gostava muito. Estive numa relação à distância. Fiz um workshop de sushi.*

* em actualização consoante a minha memória; Apesar de estar tudo no Pretérito Perfeito, muita coisa continua a ser Presente.




domingo, 21 de fevereiro de 2016

A todo o gás

Dizem que é por estarmos a "envelhecer" que sentimos o tempo passar por nós a uma velocidade estonteante. 
"Como? Já estamos quase em Março? Mas de 1900 e... 2016? Mesmo?"

Não sei se é porque toda a gente partilha o mesmo sentimento que ele se pega como cola mas, o que é certo é que se sente (na pele também) a correria apressada dos dias. 
Nos últimos meses tenho trabalhado. Tenho a sensação de que não faço mais nada do que trabalhar. Uns dias 12h, outros 10h, outros 9h mas trabalho e trabalho muito.
Não me queixo (mesmo!). Tenho trabalho neste país onde os jovens têm de emigrar. Ganho o meu dinheiro e ainda assim vivo onde quero viver e sinto a brisa do mar e o calor do sol todos os dias enquanto saltito de sítio em sítio por essa estrada fora para trabalhar.
Às vezes apetece-me parar esse comboio maluco que é a minha vida e apreciar a paisagem, nem que seja só por um bocadinho. Depois percebo que não há maneira e que ele vai a todo o gás e só me resta ter pedalada para acompanhá-lo!

terça-feira, 17 de novembro de 2015

E sou ainda mais feliz

Nas voltas apressadas ao Sol, e na minha parca partilha por cá, ficou por dizer que há um mês nasceu em mim um sentimento bonito, o meu colo ficou maior, o meu coração mais quente e os meus olhos brilham ainda mais sempre que nela tocam.

Fui tia e é realmente um sentimento maior que nós, é tão bom.

domingo, 15 de novembro de 2015

Das palavras que são poucas

É nos momentos como o que assistimos na última sexta-feira que cresce em mim um sentimento de preocupação crescente pelo mundo que estamos a criar. Sim, estamos, porque no acto bárbaro dos terroristas a resposta da população em cada frase dita é também um contributo para a criação do ambiente que se vive neste bocado de terra.

Não há palavras para descrever o horror que se vive em todo o mundo mas, especialmente, em Paris. A cidade que será sempre a cidade do Amor sofreu, novamente, um atentado a todas as promessas de amor eterno nela celadas e ficamos todos perplexos, a repensar nas nossas escolhas e nos nossos dramas diários. 
Posto isto, há toda uma camada que se emerge contra os refugiados e essas pessoas não entendem que é disto que eles fogem mesmo que para isso tenham de pôr em risco a vida dos próprios filhos para fazer a travessia deste mar nas condições mais desumanas. Essa camada não entende que os refugiados são pessoas como eles, que tinham uma (boa, na maioria dos casos) profissão e uma vida feliz antes de começarem a sofrer na pele as consequências de uma guerra civil e do fanatismo dos terroristas que na sexta estiveram em Paris, não entendem que os refugiados têm uma religião, crenças e valores como eles mas não são fanáticos e não vão fazer das suas crenças terrorismo como eles neste momento fazem ao os acusarem, não entendem que os terroristas não vêm num barco precário pondo em risco a sua vida antes de cumprirem o seu objectivo, os terroristas vêm de jacto privado ou num bom avião qualquer porque eles podem, ou são já franceses ou até, quem sabe, filhos de migrantes que podem também ser os nossos.

Não façamos ainda mais terrorismo, não rezemos apenas por Paris, façamos mais, compreendamos melhor antes de atacarmos com frases mal feitas atrás de um ecrã, sejamos mais humanos numa altura em que se põe tanto em causa o que é que isso significa.

#wewillalwayshaveparis


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Constatação

Percebes que estás a envelhecer quando uma parte considerável dos teus amigos de Facebook altera a foto de perfil para uma foto do seu próprio casamento.

domingo, 18 de outubro de 2015

Já escrevias...

Tenho falhado por estas bandas. Os dias fogem-me por entre os dedos e parece que quanto mais experiência ganho mais difícil fica gerir o meu próprio horário. Entre escolher o que quero mesmo fazer e o que tenho de fazer sobra tão pouco e já é sábado outra vez (Domingo, quero dizer...).

Graças aos aparelhos cada vez mais portáteis tenho espreitado, sempre que consigo, os vossos blogs e as vossas histórias mas, tenho também, tentado viver a minha ainda que lhe falte tanto argumento e personagem. Mas não desisto de fazer castings e trazer ideias para esta história que espero vir a partilhar mais regularmente por aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

Damn you, Transavia!

Ainda noutras terras e nos tempos descompassados que fui por lá vivendo, marquei viagens de regresso para esta ilha, as quais não fazia ideia vir a cumprir tão cedo. 
Na tentativa de remediar o caos financeiro que causei a segurar as pontas de um coração esfomeado de colo e banhos de mar fui alterando as datas e as rotas de maneira a que os destinos de chegada e partida se ajustassem aos tempos que neles podia passar.

Hoje, ao abrir a caixa de email dou de caras com uma mensagem da Transavia:

Cara, Sr.ª Miss Memories, Bem-vindo a casa!

Não, cara Transavia, em casa estou eu agora, ainda que o moço tenha levado com ele um bocado do ninho na viagem que devia ter feito com ele. Casa é esta, rodeada de mar e essa viagem que não fiz foi a única que deixei escapar nas alterações que fui fazendo na vossa base de dados e na minha cabeça agitada qual tombola do Euro-milhões. Cara Transavia, não me venha agora tramar, dar ainda mais voltas a esta tombola e confundir-me porque os destinos de chegada e partida estão marcados e o regresso será sempre deste lado do oceano. 

domingo, 26 de julho de 2015

Fim-de-semana cheio

Eu nem sei porque é que ainda me questiono, tendo em conta que acontece com regularidade estar na pasmaceira e de repente acontecer tudo ao mesmo tempo mas, é assim tão normal que eu fique semanas a fio a suspirar por uma visitinha e, quando finalmente alguém se mexe nesse sentido, toda a gente decida vir à ilha visitar-me na mesma altura?

Pelos vistos a resposta é sim. O fim-de-semana está a terminar e foi o namorado, uma amiga dos continentes, uma outra amiga emigrada e puff... Acabou o fim-de-semana, soube tudo a pouco e lá vou eu ficar sem eles outra vez.