terça-feira, 30 de julho de 2013

A vida à escala de uma crise de sinusite

Quem me conhece sabe como é frequente (no Inverno) a presença dos ataques de sinusite na minha vida. Médicos e mais médicos e 245 opiniões diferentes-semelhantes. Uns diziam que só a cirurgia me iria ajudar (os que tinham clínicas e verdades irrevogáveis tipo o Portas, pois está claro), outros receitaram medicamentos milagrosos que na realidade ajudam muito e outros nem por isso.
A verdade é que sem cirurgia e outros medicamentos à parte, mãe é mãe e não há nada como o cházinho com mel de abelha, o sumo de laranja "cheio de vitamina C" e as recomendações 24h por dia, mais longe ou mais perto, para utilizar soro fisiológico mais todos os tipos de "água do mar" à venda na farmácia, para que não apanhe frio, para que não apanhe sol. Uma receita "médica" só dela e que me cura. Toda uma animação, vá.

Hoje, dia 30 de Julho, em pleno Verão (?) e acordo com esta maldita crise. Ele é olhos lacrimejastes, ranho que dá para oferecer e aquela dor de cabeça chata, já para não falar na garganta. Mas o que eu queria mesmo concluir com tudo isto é que, à escala de uma crise de sinusite está a nossa vida: quando estamos fracos, quando os nossos olhos lacrimejam e não nos deixam ver claramente, quando a garganta está fraca e sem força para falar e nos defender, quando a cabeça pesa com os problemas que não nos largam, não há nada como a "mãe", e por "mãe" refiro-me à família, a casa.



sexta-feira, 26 de julho de 2013

Mães e Pais uma e outra vez

Diz que este foi o dia dos avós. 
A poucos minutos do seu fim não podia deixar de lembrar as minhas pessoas que enchem as medidas ao titulo de Avó/Avô. Foram quatro. Apesar de ser um número óbvio podia não ser assim tão certo. Tantos são aqueles cuja afinidade sanguínea lhes atribui um titulo que não conseguem honrar. 

Felizmente, os meus avós foram Avós.

O Avô José. Nunca lhe senti o cheiro nem lhe ouvi a voz. Faleceu um ano e meio antes de me poder conhecer. Mas eu conheci-o. Conheço-o. Sei bem como adorava contar histórias e sei as suas histórias. Sei como era religioso e como educou os seus. Sei que tinha tanto orgulho quanto lhe cabia no peito pelos seus filhos trabalhadores e netos dotados de qualidades que só um avô consegue ver. Ficou em mim uma sede de lhe ter visto o olhar. 

O Avô João. Partiu era eu uma criança. Não percebia muito bem o que era isto de se ver partir alguém e nunca mais lhe poder sentir o cheiro ou ouvir a voz. O Alzheimer levou-lhe a memória e o Parkinson a destreza mas lembro-me dele muito antes disso. E como dizia "minha neta". Adorava rir e dava-me doces. Ainda lembro a sua gargalhada.

A Avó materna. A avó. A minha segunda mãe. Faleceu há bem pouco e foi como se me tivessem tirado o chão quando soube. Dei-lhe um beijo uma hora antes e do nada partiu, traída pela fraqueza dos seus pulmões. Era calma, ponderada. Cristã que só ela. Uma mãe para todos os netos e acima de tudo para os seus filhos. Sempre houve espaço para mais um na sua mesa e chá que sobrava. Sinto falta do seu olhar e de como me acalmava.

A Avó paterna. Forte e dona de si. Hei-de sempre lembrá-la forte e não como ficou depois da queda que a tornou fraca e que acabou por tirá-la de nós ainda a ferida da perda anterior não estava sarada (nem vai estar). Adorava o campo e tinha um amor por mim que lhe podia sentir na voz. Foi a última dos quatro a partir e ficou em mim a vontade de lhe ter dito algo mais. Ainda a ouço a chamar por mim e sei como brilhavam os seus olhos de orgulho a cada conquista minha. 

Hoje, no dia dos avós, lembro-me de cada um deles, das minhas pessoas e desejo que um dia, quando tiver filhos, estes possam olhar os meus pais com a ternura com que eu olho os meus avós.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

As coisas boas acontecem

Sim. Acontecem!
Com o passar dos anos tenho-me apercebido que as leis do universo são estranhas e confusas. Mas, havendo margem para dúvidas, o melhor é sempre enviar boas energias e acreditar que tudo isto funciona como um espelho e essas boas energias ser-nos-ão entregues novamente, traduzidas em coisas boas.
Quantas pessoas espalham alegria e fazem o bem e não vêem as coisas boas lhes acontecerem? Muitas, é verdade. Ainda assim, e porque o sonho comanda a vida e, quem diz o sonho diz a capacidade de acreditar, eu rejo-me por estas leis do universo, estranhas e confusas.

A verdade é que no meio do desemprego, no meio da austeridade e da má liderança que temos ainda existem oportunidades. Não são as oportunidade de sonho mas são oportunidades e hoje só posso ficar fora de mim por saber que alguém que me é tanto recebeu uma oportunidade e está feliz por isso.

As coisas boas acontecem...


terça-feira, 23 de julho de 2013

Vinte e poucos

Diz que faço anos hoje. 
Parabéns a mim!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Férias, o sentimento

Estar de férias, na maioria dos casos, não significa apenas uma pausa no trabalho, na faculdade ou na escola. Não significa apenas não ter horários a cumprir ou poder levar o corpo a outras paragens que não as mesmas de todos os dias do ano. Férias, pelo menos para mim, representam também um sentimento. Um sentimento que surge com todas as características das férias acima mencionadas. Toda a calma que essa pausa na rotina proporciona, traz consigo um sentimento bom, sentimento de férias. É uma mistura entre alegria, serenidade, excitação, paz... (É difícil de traduzir, caramba...)

No entanto, e sem saber porquê, continuo com o coração apertado, como se tivesse horários a cumprir, projectos e trabalhos com um prazo curto a entregar. Não sinto a felicidade de estar de férias no seu pleno. Talvez por estar longe de quem mais queria ter por perto, talvez por o sol ainda estar envergonhado nestas paragens, talvez por mim... 
Tenho saudades desse sentimento, saudades de sentir Férias.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Clocks

Ontem, pouco passava das 15 horas quando eu e ele, no terminal do aeroporto num café chamado "Clocks" (relógios), falávamos do tempo. Do tempo que vivemos, do que ainda vamos viver, do nosso tempo. 

Ontem, no café "Clocks" despedimo-nos fisicamente sem saber por quanto tempo. Se a vida vai fazer com que venha para bem perto de mim dentro de um mês (ainda que por pouco tempo) ou se só lá para o fim do ano nos encontraremos num fim de semana para celebrar o amor de alguém que nos é querido. 

Ontem, no café "Clocks" quis que o tempo parasse e que ao mesmo tempo andasse tão rápido quanto fosse necessário para que estivéssemos juntos novamente na nossa casa, a minha e dele. 

Que o tempo seja meigo e traga com ele coisas boas. 
Que os relógios não parem de cada vez que tivermos de passar dias e dias afastados pelo mar que nos uniu e agora nos afasta, fisicamente...

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Uma pausa nos caixotes

O Caleb dos Kings of Leon está bom e recomenda-se.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Em busca dos caixotes perdidos

É o seguinte: uma pessoa farta-se de ver caixotes vazios à porta das lojas na sua zona. Caixotes de mercadoria que depois de vazios, jazem em frente às lojas à espera dos senhores que recolhem cartão. 
Pois bem, enquanto não precisei deles via-os aos montes. Agora, com as mudanças à porta, é ver-me a pedir caixotes às portas e, espantem-se, ninguém os tem.
Estou a ver-me a ir comprar caixotes qualquer dia. Estamos bem, estamos...

domingo, 7 de julho de 2013

Coisas que sabem bem

Fins de semana de Verão, amigos e gargalhadas.


Que o sol traga com ele toda a energia que preciso para uma semana de despedidas...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sugestão para uma tarde quente de Verão*

Passear o corpo pelas lojas de roupa da baixa. Não é preciso comprar nada. É só mostrar algum interesse nos trapinhos e deixar-se arrastar por entre os cabides. 

Mas pra quê?! Perguntais vós.

Para aproveitar o santo do Ar Condicionado. Ámen.

* Na impossibilidade de se dirigir à praia, pois claro. Se bem que a sugestão que vos dou é bem tentadora. 

Notícias só das boas se faz favor

Falava eu com a minha mãe ao telefone. Enquanto a distância não encurta este meio de comunicação é bem explorado por cá. E disse-lhe eu:

- Ah, é verdade tenho uma novidade.

Ao qual a mãe me responde:

- Diz-me que é boa que agora só quero notícias boas, chega de coisas tristes.

Esta resposta, aparentemente simples, fez-me pensar em como, não só a minha mãe e a minha família de um modo geral, mas também todos nós estamos fartos de notícias más. É que já não é só estar farto, é também ter um certo medo do que para aí vem. 
Não sei se por causa das notícias desastrosas na TV, se por a cada semana emitirem um comunicado do Governo com mais austeridade, se por agora quererem todos dar de frosques e isto estar a caminhar a passos largos para uma anarquia, se por já termos passado por uma série de noticias desagradáveis que envolvem a saúde de entes queridos, se por mil e uma outras razões. 

Não sei. Sei que realmente também me sinto assim, com sede de boas notícias. Com medo do que para aí vem e é um sentimento desagradável.

Que este calor traga com ele coisas boas, mas coisas boas à séria!


terça-feira, 2 de julho de 2013

De grão a grão fica o governo sem ministros

Assim o Vasco Palmeirim fica sem inspiração para compor textos que celebrem a demissão de cada um deles.

(É mesmo melhor levar a coisa para a brincadeira, porque se começamos a pensar a sério sobre isto vai dar mas é para chorar)

Vivi, o teu tempo chegou ao fim

Apesar de eu achar que isto não muda  nada muito, lá se foi o Gaspar. Quem o vem substituir vai fazer igual ou pior (muito optimismo, hein?), até porque quem manda agora é a Troika e só temos uns bonequinhos no governo a chular dinheiro. 

Por agora vou-me rindo com as coisas giras que se fazem em torno do tema.




segunda-feira, 1 de julho de 2013

Do fim de semana... Ou do cheiro a incenso

Quais é que eram as probabilidades de, no mesmo Hotel, existirem dois salões (onde se fazem formações e palestras e sei lá mais o quê) um em frente ao outro, e estarem os dois em uso no mesmo fim de semana?

Todas, porque até aqui nada de mal.

Agora, quais é que eram as probabilidades de eu estar num deles a ter formação (muito gira e com coisas boas para aplicar na futura profissão) e começar a sentir um cheirinho a incenso, daquele que eu não gosto a emergir do salão do lado?  

Aqui as probabilidades começam a baixar.

Para remate final, quais é que eram as probabilidades de nesse mesmo salão, de onde provinha um desagradável aroma, estar a Alexandra Solnado a fazer formação(?), conversação(?), reunião(?) com Jesus?

Bingo!

p.s. Vale a pena ir nem que seja pelo coffe break. A malta da minha formação com marmita nos intervalos a mirar aquela mesa composta que dizia "Reservado: Alexandra Solnado". 
Tenho dito.