terça-feira, 17 de novembro de 2015

E sou ainda mais feliz

Nas voltas apressadas ao Sol, e na minha parca partilha por cá, ficou por dizer que há um mês nasceu em mim um sentimento bonito, o meu colo ficou maior, o meu coração mais quente e os meus olhos brilham ainda mais sempre que nela tocam.

Fui tia e é realmente um sentimento maior que nós, é tão bom.

domingo, 15 de novembro de 2015

Das palavras que são poucas

É nos momentos como o que assistimos na última sexta-feira que cresce em mim um sentimento de preocupação crescente pelo mundo que estamos a criar. Sim, estamos, porque no acto bárbaro dos terroristas a resposta da população em cada frase dita é também um contributo para a criação do ambiente que se vive neste bocado de terra.

Não há palavras para descrever o horror que se vive em todo o mundo mas, especialmente, em Paris. A cidade que será sempre a cidade do Amor sofreu, novamente, um atentado a todas as promessas de amor eterno nela celadas e ficamos todos perplexos, a repensar nas nossas escolhas e nos nossos dramas diários. 
Posto isto, há toda uma camada que se emerge contra os refugiados e essas pessoas não entendem que é disto que eles fogem mesmo que para isso tenham de pôr em risco a vida dos próprios filhos para fazer a travessia deste mar nas condições mais desumanas. Essa camada não entende que os refugiados são pessoas como eles, que tinham uma (boa, na maioria dos casos) profissão e uma vida feliz antes de começarem a sofrer na pele as consequências de uma guerra civil e do fanatismo dos terroristas que na sexta estiveram em Paris, não entendem que os refugiados têm uma religião, crenças e valores como eles mas não são fanáticos e não vão fazer das suas crenças terrorismo como eles neste momento fazem ao os acusarem, não entendem que os terroristas não vêm num barco precário pondo em risco a sua vida antes de cumprirem o seu objectivo, os terroristas vêm de jacto privado ou num bom avião qualquer porque eles podem, ou são já franceses ou até, quem sabe, filhos de migrantes que podem também ser os nossos.

Não façamos ainda mais terrorismo, não rezemos apenas por Paris, façamos mais, compreendamos melhor antes de atacarmos com frases mal feitas atrás de um ecrã, sejamos mais humanos numa altura em que se põe tanto em causa o que é que isso significa.

#wewillalwayshaveparis


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Constatação

Percebes que estás a envelhecer quando uma parte considerável dos teus amigos de Facebook altera a foto de perfil para uma foto do seu próprio casamento.

domingo, 18 de outubro de 2015

Já escrevias...

Tenho falhado por estas bandas. Os dias fogem-me por entre os dedos e parece que quanto mais experiência ganho mais difícil fica gerir o meu próprio horário. Entre escolher o que quero mesmo fazer e o que tenho de fazer sobra tão pouco e já é sábado outra vez (Domingo, quero dizer...).

Graças aos aparelhos cada vez mais portáteis tenho espreitado, sempre que consigo, os vossos blogs e as vossas histórias mas, tenho também, tentado viver a minha ainda que lhe falte tanto argumento e personagem. Mas não desisto de fazer castings e trazer ideias para esta história que espero vir a partilhar mais regularmente por aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

Damn you, Transavia!

Ainda noutras terras e nos tempos descompassados que fui por lá vivendo, marquei viagens de regresso para esta ilha, as quais não fazia ideia vir a cumprir tão cedo. 
Na tentativa de remediar o caos financeiro que causei a segurar as pontas de um coração esfomeado de colo e banhos de mar fui alterando as datas e as rotas de maneira a que os destinos de chegada e partida se ajustassem aos tempos que neles podia passar.

Hoje, ao abrir a caixa de email dou de caras com uma mensagem da Transavia:

Cara, Sr.ª Miss Memories, Bem-vindo a casa!

Não, cara Transavia, em casa estou eu agora, ainda que o moço tenha levado com ele um bocado do ninho na viagem que devia ter feito com ele. Casa é esta, rodeada de mar e essa viagem que não fiz foi a única que deixei escapar nas alterações que fui fazendo na vossa base de dados e na minha cabeça agitada qual tombola do Euro-milhões. Cara Transavia, não me venha agora tramar, dar ainda mais voltas a esta tombola e confundir-me porque os destinos de chegada e partida estão marcados e o regresso será sempre deste lado do oceano. 

domingo, 26 de julho de 2015

Fim-de-semana cheio

Eu nem sei porque é que ainda me questiono, tendo em conta que acontece com regularidade estar na pasmaceira e de repente acontecer tudo ao mesmo tempo mas, é assim tão normal que eu fique semanas a fio a suspirar por uma visitinha e, quando finalmente alguém se mexe nesse sentido, toda a gente decida vir à ilha visitar-me na mesma altura?

Pelos vistos a resposta é sim. O fim-de-semana está a terminar e foi o namorado, uma amiga dos continentes, uma outra amiga emigrada e puff... Acabou o fim-de-semana, soube tudo a pouco e lá vou eu ficar sem eles outra vez.

domingo, 19 de julho de 2015

Ainda cá estou

Não desisti de escrever mas, na passada acelerada dos acontecimentos, às vezes faltam as palavras e na mistura de emoções fico-me pelas imagens que os meus olhos vão captando no (meu) mundo real.

Voltei para a ilha e vou-me encaixando onde sempre pertenci. O cheiro a mar e as paredes desta casa protegem-me das pancadas da vida enquanto me vou adaptando às novas rotinas, às novas pessoas e aos novos trabalhos. Sinto falta dos que não estão cá mas já consegui perceber que, por mais voltas que dê a este bocado de terra suspenso no Universo, vou sentir falta do que não tenho e o melhor é mesmo conseguir apreciar o que tiver por perto não vá eu correr o risco de me tornar uma nómada insatisfeita, tentada a migrar para a Lua. 
Este ano não há férias de verão e vou trabalhar, pela primeira vez, no meu aniversário. 
Podia ser pior, pois podia.


sábado, 13 de junho de 2015

Dilemas dos Santos

Se o São Pedro vem depois do São João, porque raio a musica diz que "São Pedro está-se a acabar" antes de pedir o balão ao São João?

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O meu lugar

É engraçado como, sem nos apercebermos, vamos mudando. As coisas que antes nos faziam rebolar a rir já não têm graça nenhuma, aquilo que era mais do que natural passa a nos incomodar, o que já tivemos como garantido passa a dar muito trabalho a conquistar e por aí adiante.
Às vezes não sei o que é mais difícil, se é encontrar o nosso lugar num sítio novo que nos é completamente estranho ou se é, no meio das teias e das tábuas velhas, encontrarmos o lugar que tão bem conhecíamos onde o deixámos e nos sentirmos tão bem nele quanto já sentimos no passado.

Por aqui, ainda em modo "férias", vou afastando as "teias" e tentando concertar todas as"tábuas" que fazem parte do meu lugar nesta casa, nesta ilha. Sinto-me bem aqui mas falta tanta coisa, tanta gente. Seis anos passaram a voar mas nesse voo passaram ventos que mudaram tanta coisa, em mim, nas pessoas e nas coisas. Não há nada como o tempo, dizem-me e eu acredito porque por agora nada posso fazer (ou até posso) a não ser esperar e deixar que o tempo e os novos ventos voltem a pôr coisas nos lugares, pessoas nos sítios e brilhos onde ainda não os vejo.


quinta-feira, 28 de maio de 2015

Caixas e caixotes

Tenho andado ausente. Aqui e na vida de um modo geral. 
Ando em mudanças, outra vez. Desta vez não estão a ser necessários caixotes pois têm chegado os compartimentos que trago dentro de mim para deixar bem arrumadas as decisões que vou tomando e as vivências que com ela vêm por arrasto. 
Tenho estado em mudanças internas, como que "fechado para obras". Tenho pensado muito no que fiz até aqui e no que quero fazer. Tenho pensado nos passos a dar para não tornar a minha vida numa mudança constante, qual nómada com a casa às costas, dependente de caixas e caixotes os quais temo não ter espaço para arrumar sem que fiquem abertos e com margem para se soltarem bocadinhos desta vida que não vale a pena desarrumar.

Com todo este tempo livre tenho apenas algumas horas para enfiar as minhas tralhas físicas numa ou duas malas e ir embora... outra vez. Deixo-o sozinho neste espaço que fomos tentando tornar nosso nos últimos meses mas com a garantia de que volto muito em breve e de que voltarei sempre para junto dele, para o seu abraço, onde sou sempre feliz, ainda que seja mais feliz quando esse abraço me protege da brisa fria que se faz sentir à beira-mar.


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Onde há fumo há fogo

Soube há pouco que a colega que me foi substituir no trabalho que deixei demitiu-se. Duas semanas e meia depois, demitiu-se.

Quantos mais irão fazê-lo até que se tomem medidas?
Boa sorte. Estou contigo, miúda...

segunda-feira, 11 de maio de 2015

To do List

Tenho tanto e nada para fazer ao mesmo tempo.
Quando tinha nove horas do meu dia ocupadas por um desespero constante a que chamava "trabalho" sentia que me faltava tempo e agora que o tenho de sobra, ainda que com os dias contados, nem sei bem o que fazer nem por onde começar.
Parece que a minha história se vai repetindo e dou por mim, de lés a lés, a ter de empacotar em caixotes bocados da vida que vou vivendo, física e emocionalmente. Deparo-me, novamente, com um desses momentos. Mudanças para breve, regressos e despedidas, gestão de um amor à distância, aceitação, novos desafios, e por aí fora...
Uma "To do list" que parece não ter fim e eu sem saber o que fazer.
Uma coisa é certa, tenho a caneta na mão pronta a fazer "Check". Só preciso começar! 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Mulheres e as mudanças... Isso ou só uma desculpa para mudar de visual

Ver novelas e comédias românticas que associam uma mudança na vida de uma mulher a um corte de cabelo uma vida inteira não pode dar certo...

Fiz franja!


sábado, 25 de abril de 2015

Qualquer dia telefonam...

Sabem quando as testemunhas de Jeová nos abordam na rua para ler uma passagem da bíblia, entregar um folheto e falar de temas sobre os quais a sociedade se devia debruçar?
Hoje verifiquei que atingiram todo um novo nível ao ponto de esses encontros serem através do intercomunicador da campainha. 
Desculpem o meu atraso para aqueles que já conheciam o avanço mas falar sobre a relação de pais e filhos com um zumbido de fundo e a ver um olho através do ecrã da campainha é algo que me ultrapassa. Tenho para mim que qualquer dia ligam para nós, qual MEO-NOS e perguntar se já temos algum pacote religioso. 

E não, não tenho nenhum preconceito em relação a qualquer religião, sou religiosa q.b., tenho crenças e ideologias. Achei piada. Só.

Livre

É engraçado como a vida se encarrega de nos mostrar alternativas, de nos fazer passar pelo melhor e pelo nem-se-sempre-tão-bom, e nos vai dando sinais para que esse caminho vá sendo moldado por nós mesmos à medida que os vamos interpretando. A piada [ou não] está no facto de os interpretarmos como queremos e as cabeçadas na parede vão sendo constantes até acertar os ponteiros. E, quando finalmente estão acertados, damos mais umas cabeçadas porque, afinal de contas, isso é viver.

Com isto do trabalho tem sido mais ou menos assim. Um orgulho bom, que ninguém me tira, por ter conseguido tantas oportunidades (até agora) e recusado outras tantas até aqui mas, com muita ansiedade e dores à mistura.
Depois há estas coincidências giras de o dia da Liberdade encaixar com o primeiro dia após me ter despedido. E não é preciso cá moralismos nem recordar que não há comparação possível porque apesar de não ter vivido antes nem durante a Revolução sei bem o que representa e vivi muitas vezes esse Abril com as pessoas que me rodeiam e o viveram até às entranhas. Mas, se há coisa que esse Abril trouxe foi a liberdade de expressão, foi a oportunidade de escolher, foi a possibilidade de haver opção. 
E é tão bom podermos comemorar hoje e sempre [enquanto fizermos por isso] o 25 de Abril

[Saindo do meu mundinho, não menosprezemos Abril e façamos essa Revolução todos os dias, por nós e pelos outros.]
  

domingo, 12 de abril de 2015

Então e a tal corrida dos 10 kms?

Eu bem sei que, de um modo geral, já toda a gente está enjoada de tanta corrida, tantas fotos com suor, tantas publicações com quilómetros percorridos, tantos objectivos de corrida e maratonistas a sobrar por essa internet fora mas sim, arrisquei-me numa corrida aqui no norte e tenho a dizer que valeu o esforço.
Não sei para quando a próxima corrida mas o ambiente é realmente engraçado e aquela coisa de ter uma meta para cortar dá um certo gozo para quem gosta de correr mas até precisa de uma motivação extra.

Para quem não gosta, pronto, amigos como dantes e há muita vidinha para além das corridas e das fotos com suor e dos quilómetros percorridos e blábláblá. 

Ainda sobre isto da demissão...

Bem sei que nem todos podem fazer o que fiz, nem todos podem se dar ao luxo de dizer "Sim, eu demiti-me! Cansei de ser humilhada, cansei de não desempenhar funções pelas quais me contrataram, cansei de ser explorada e fui-me embora!". E tenho pena, muita pena que a frase "Aguenta, é a vidinha e já te podes sentir muito feliz porque tens trabalho em Portugal" seja cada vez mais frequente em toda a parte quando temos tanta gente, jovens e não só, a sofrer demasiado, física e psicologicamente, para ter um ordenado ao fim do mês, o qual nem sempre chega para as despesas básicas de sobrevivência.
Tenho pena, muita pena.

sábado, 11 de abril de 2015

Sim, demiti-me!

Não era novidade por estas bandas que o novo  trabalho (já não tão novo tendo em conta que passaram quase 5 meses), o qual inicialmente parecia ser o melhor que me podia ter acontecido, é uma valente merda. O ambiente é mau, a pressão psicológica é dura e o trabalho propriamente dito deixa muito a desejar tendo em conta o que desejo para mim enquanto profissional. E não, já não falo nas condições de sonho nem na remuneração que a nossa geração não conhece mas tanto reclama. Falo da qualidade do trabalho a desempenhar. 
Todos os dias chegava a casa de rastos, a chorar ou com uma ansiedade que não reconhecia em mim, resultado da humilhação constante. Fui aguentado, primeiro porque tinha trabalho e depois porque "provavelmente era a adaptação ao mundo do trabalho". A certa altura achei que já tinha tempo mais do que suficiente para me ter adaptado e ia mesmo desistir mas podia arrastar a situação por mais uns meses porque afinal estou no Porto e vivo com o meu namorado e desistir do trabalho significava, à partida, abdicar disso também. Até que atingi um ponto tal em que toda a gente me pedia para pôr um ponto final em prol da minha sanidade mental e da qualidade das relações que tenho.

Várias hipóteses foram levantadas, entre as quais procurar trabalho por cá ou regressar a casa. Questões pessoais sobrepuseram-se e sabemos que o caminho que queremos não passa por ficar cá por muito tempo (mas quanto?). A juntar a isso surgiu a oportunidade de regressar a casa com trabalho à vista ainda que seja apenas um começo é o começo que preciso para dar continuidade à formação que tenho feito e aos projectos que quero pôr em prática. Os dias em Madrid serviram para pensar, conversar e dar o salto. O apoio do namorado, da família e dos amigos tem sido imprescindível e a carta já foi entregue.
Em duas semanas estarei livre mas metade do peso já deitei ao rio.  

É certo que serei uma eterna insatisfeita mas se há altura para experimentar é esta em que sou só eu a depender de mim. Novas mudanças a se aproximarem e com isso novos riscos a correr mas aceito o desafio e acredito sempre na razão pela qual as coisas acontecem.
Vamos a isso...

Madrid - As fotos

Definitivamente, as fotos não fazem jus à cidade. De qualquer modo fica aqui um cheirinho daquela que para mim passou a ser a cidade do calor, da alegria e da festa constantes.












sexta-feira, 10 de abril de 2015

Vamos por partes... Madrid

Se há coisa que sonho nesta vida é poder conhecer uns quantos pedaços de terra por esse mundo fora. É verdade que as notícias sobre a aviação não facilitam e com isso a minha nervoseira aumenta mas quero muito continuar a viajar e a juntar ao "currículo" umas quantas cidades.
A viver no Porto sabíamos que tínhamos de aproveitar (ainda mais) o aeroporto e a facilidade para sair.

Quando me falavam em Espanha a primeira cidade que queria conhecer era Barcelona [Se bem que já visitei Vigo no ano passado]. Tenho imensa curiosidade e quero muito visitá-la mas, e porque os preços estavam mais convidativos, foi para Madrid que rumámos desta vez.
Escapadinha de três dias com a mochila às costas. Não foram dias de descanso mas sim de muito passeio e quilómetros a mais nas pernas. Comidinha da boa, calor, muito calor, e a certeza de que Madrid faz mesmo jus à Movida Madrilena, uma vez que estamos sempre com a sensação de que algum evento está a acontecer a julgar pela quantidade de gente que passeia pelas ruas a todas as horas do dia. 
Visitámos o que pudemos mas fica sempre a sensação de que faltou tanto para ver mas, Museu do Prado, Plaza Mayor, Porta do Sol, Palácio Real e Parque do Retiro não falhámos. Tapas, Paella, churros com chocolate e muita sangria fizeram parte do investimento.
Uma cidade limpa e cheia de luz que recomendo vivamente!

* Ficam a faltar as fotos que tenciono partilhar em breve... 


terça-feira, 7 de abril de 2015

Então, Memories, que é feito de ti?

Por entre os dias a mil à hora ainda deu para ir a Madrid numa fugidinha de Páscoa e para ter falado com a direcção sobre a minha demissão.

Não percam os próximos episódios, porque eu também não...

domingo, 22 de março de 2015

A Teoria de Tudo

Ontem vi, finalmente, a Teoria de Tudo. Muito Um pouco atrasada, bem sei, mas mais vale tarde que nunca. 
Uma história que já conhecia retratada por actores brilhantes e a prova de que o Óscar para melhor actor não podia ter sido mais merecido.
À parte de tudo, à parte do filme, à parte das teorias (que são de génio, já agora), uma história de vida assim faz-nos pôr em perspectiva muita coisa. Tudo, se calhar. Pensar que por esse mundo fora existem tentos Hawking's, não por serem a mente brilhante que é, porque aí ele é único, mas por receberem "sentenças de morte" anunciadas e, ainda assim, serem capazes de superar todos os dias as suas incapacidades e transformá-las em vida, contrariando tudo e todos, desafiando as leis da vida e da morte. 
Uma história de vida assim faz-nos pensar em tantas outras, mais ou menos dramáticas, mas com muita superação à mistura, com dureza e força sobrenatural e eu reduzo-me à minha insignificância, aos problemas que giram em torno do meu umbigo e agradeço tudo o que tenho, uma e outra vez. 


domingo, 15 de março de 2015

Do fim-de-semana

Este fim-de-semana tive formação. Levantei-me cedo como nos dias de semana mas sem medos, sem nervos. Apenas um friozinho na barriga por conhecer novas pessoas e por estar a fazer o meu caminho naquela que acredito ser a direcção certa, ao tentar tirar o maior partido das coisas boas que a bússola a norte me permite.
O sol esteve a favor e enquanto esperava pelos transportes perdia-me nos pensamentos como, aliás, tenho feito tantas vezes nos últimos tempos.
Avizinham-se mudanças mas, ao mesmo tempo, ainda falta tanto tempo para dar o passo. Meses envoltos em dúvidas e mais dúvidas. As mesmas de sempre mas agora com [alguma] experiência à mistura, com imagens constantes de um mar de casa e uma vontade de acreditar ainda [e sempre] maior.

sábado, 14 de março de 2015

Eu não sou chique*

Não param de aparecer sítios novos e giros na baixa do Porto. Então, fim-de-semana à porta e "vai a malta passear" e eu, mesmo a respirar ranho por todos os poros, não podia ficar em casa e lá fui com o pessoal até um sítio porreiro. 
Com a quantidade de comprimidos que tenho tomado pedi um cházinho. Ora que me põem à frente uma chávena toda XPTO-chique e eu não fazia ideia de como manusear aquilo sem me engasgar com o saco do chá. "Oh jovem!" - chamei eu pelo rapaz que me serviu - "Desculpe a minha ignorância mas como é que isto se usa?" 
Com ar atrapalhado diz ele:
- Hum... Também não sei, é o meu primeiro dia cá.

Consegui beber o chá sem me engasgar. Valha-nos isso. 

* Mas o jovem trabalhador também não! 

P. S.: Ah, e ainda ia havendo porrada no estaminé. Não sei se o jovem não se despediu no 1º dia. Foi muita emoção para um homem só.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Enlouqueci

Inscrevi-me na minha primeira corrida. 10 Kms esperam-me no final deste mês.

domingo, 8 de março de 2015

Para as minhas mulheres

Hoje, mais do que as lutas pela igualdade, mais do que o feminismo assumido, mais do que as diferenças de género na vida e no trabalho, mais do que as batalhas ganhas e perdidas pela liberdade da mulher num todo, hoje no dia que é da Mulher, escrevo para as minhas mulheres. 
Sem as mulheres da minha vida não seria nem um fragmento do que sou. Sem a garra e o amor da minha mais-que-tudo, mãe. Sem o carinho da minha prima-irmã. Sem o colo e a coragem das minhas avós. Sem a frontalidade, carinho e dedicação das tias. Sem as gargalhadas e conselhos das irmãs que escolhi, minhas amigas. 
Para as mulheres da minha vida, desejo que sejam na vida as mulheres que o mundo precisa. Desejo que façam por elas e pelos outros o que continuam a fazer por mim. Desejo que contribuam para essa igualdade que procuramos e merecemos. Desejo que sejam felizes pois só assim farão do mundo, um mundo à nossa imagem, um mundo de força onde a felicidade impera!

Feliz dia da Mulher a quem assim se assume, mulher de verdade!


sábado, 7 de março de 2015

Actualizando...

Ainda não me despedi, ainda não me fui embora, estou por aqui. Exactamente onde estava da última vez que escrevi.
Hoje estou ainda mais cansada, cada vez com mais vontade de me despedir, mas a merda das consequências e dos balanços que faço constantemente arrastam-me para mais uns meses disto [trabalho]. 

Tirando isso faço por ser feliz, mas "isso" ocupa 9 horas do meu dia, durmo cerca de 8 horas, sobra pouco. Mas tento, a sério que tento.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Por entre os dias menos bons...

Há sempre o amor e esse, apesar de tudo o que de menos bom anda à [minha] volta, está sempre lá para me levantar de cada vez que os meus joelhos querem tocar no chão.
Há sempre a gargalhada dos amigos, com quem nem sempre temos tempo para estar, que faz soltar a minha também.
Há a boa música que enche as paredes de um coliseu e os arrepios que se sentem sempre numa voz de que se gosta.

Por entre os dias menos bons continuo a ser eu e a ter quem gosto por perto, ainda que alguns estejam a quilómetros de distância...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A vida e as cores

Não sei bem quando começou, quando surgiu este sentimento mas, infelizmente, começo a perceber melhor as pessoas tristes. Basta que uma coisa aparentemente pequena comece a tomar conta de nós e o caos instala-se. No início nem se lhe dá importância porque "vai passar" e porque "há coisas bem piores" e porque "tenho tanta sorte". Depois, passa a ser rotina e de repente estamos tristes, cansados e com pouca força para virar a coisa ao contrário e ainda assim sentimo-nos estúpidos porque nem devíamos estar assim tendo em conta as desgraças que vão por esse mundo fora.
Não sei quando começou mas sei que está relacionado com o meu trabalho este sentimento de que o mundo é meio cinzento. Gosto da minha profissão mas já perdi a conta das vezes em que disse que não gosto da forma como a faço onde trabalho nem do ambiente que ele tem. E pensar que fui eu que o escolhi.
Todos os dias sinto que me perco um bocadinho ali e que aos poucos as cores que trago em mim vão ficando mais frias e menos quentes. Tenho medo que a minha convicção de querer levar até ao fim este contracto comigo, de que só em Outubro sairei dali, dê cabo do que sou.
Sou alegre por natureza e disfarço o melhor que posso mas não estou feliz. 
Continuo a acreditar e sei que não poderei tirar melhor lição desta experiência mas...

"Porque o cinzento da vida não se entorna quando trazemos o Sol dentro de nós." 
Isabel Saldanha 

É para o que me dá

Passo os dias à espera do fim-de-semana para, entre outras coisas, poder dormir mais um bocado e, quando finalmente é sábado, estou de olhos abertos às voltas na cama desde as 7 horas da manhã. Ninguém merece.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A minha sexta-feira 13

Primeiro dia, em dois meses, que o chefe não gritou comigo.
É capaz de haver mesmo algum mistério neste dia. Neste caso, mais para o lado da sorte boa.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Como pôr uma fila a mexer

Para quem nunca subiu a torre dos Clérigos, a subida/descida não é controlada, isto é, apesar de pago, os lances de escadas são os mesmos para quem sobe e para quem desce e, pode dizer-se que é um nadinha para o apertado. [Não é uma crítica, é uma constatação. A subida vale bem a pena.]

Neste fim-de-semana, numa visita à torre, a certa altura durante a descida tivemos que parar para que umas quantas pessoas pudessem subir. O meu paizinho, fartinho da longa espera, vira-se para a malta de baixo e diz:
- Vem uma senhora grávida atrás de nós!
Os de baixo perceberam a mensagem e os de cima perceberam que a grávida vinha a subir.
Conclusão: Chegámos cá abaixo num instante e penso que ainda andam à procura da grávida...

O meu pai ainda se está a rir...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O chocolate é o meu tabaco

Gasto dinheiro diariamente com o dito produto, consumo diariamente o dito produto, não me sinto nada bem quando não tenho o dito produto para consumir, sofro as consequências no corpo por consumir o dito produto.

Tenho um vício.
Olá, eu sou a Miss Memories e não consumo chocolate há... meia dúzia de minutos. "Olá. Miss Memoriessssss...."


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

relativizar [eu tento]

Entrei no novo ano com o verbo "relativizar" na mente. Sabia o que me esperava no novo trabalho e, uma vez assumindo que até Outubro cá estaremos, não há mais nada a fazer a não ser aceitar e relativizar. Não levar tão a sério não ser o local de sonho para se trabalhar, não levar nada tão a sério o "querido" chefe/colega, encarar de forma positiva as faltas e as saudades, tirar o melhor partido das noite e dias frios.
Mas, [porque há sempre um "mas"] tem sido difícil para caraças! Às vezes custa relativizar uma repreensão quando se sabe [ou acha mesmo] que se tem razão, às vezes custa relativizar quando o que se pensa estar a perder parece ser maior do que o que se está a ganhar. Às vezes custa. Mas relativizo e acredito. Tudo acontece por uma razão e eu sei bem as minhas.
Na véspera de ter comigo mais daqueles que amo e com eles os saberes e o calor da minha ilha não posso não relativizar, não posso não acreditar que será melhor. Só pode ser melhor.
Venha daí esse abraço!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O maior mês do ano [Janeiro]

Passou. 
Não sei o que é que estes 31 dias têm, não sei o que é que estas 5 semanas  quase completas nos fazem mas a verdade é que passam por nós devagar. Devagar de mais.
Talvez é por saber que as festas ficaram em Dezembro. Talvez é a desilusão de achar que tudo muda após as 12 passas e o salto com o pé direito. Talvez é a pressa de pensar que tudo o que se semeou na passagem de ano vá florir em Janeiro como se de magia se tratasse. Não sei o que é mas Janeiro é normalmente duro. Passa por nós devagar como se a querer que o inalássemos bem, como se a querer que o usássemos para reflectir sobre todos esses novos começos planeados.  

Mas, já passou.
Teve momentos altos e outros nem por isso. Tentei contemplar esta Invicta após um regresso triste da minha Pérola solarenga. Soube que ia ser tia e isso tornou este Janeiro [e a minha vida] muito mais doce. Comecei oficialmente o meu estágio profissional e amarguei. Senti saudade, senti desilusão e senti sorte. [Re]vi amigos. Namorei. Comemorei o aniversário dele.

Já passou, Janeiro já passou.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Lição de código grátis para condutores

Lição nº1 - Passadeiras

Aquelas riscas brancas, meio manhosas, desenhadas nas estradas servem para parar sempre que algum peão [gente de um modo geral] se apresentar numa das bermas.

De nada. 

sábado, 24 de janeiro de 2015

O dia em que voei

Depois de durante a manhã ter corrido cerca de 10 km pela primeira vez e ter ficado com os bofes de fora, o Universo achou que eu precisava de desafiar-me um bocadinho mais. Vai daí, colocou-me um lance de escadas com 12 degraus à frente e, sabe lá Deus como, num segundo eu estava cá em baixo. Quase parti o punho direito e a oitava costela, deitei uma lágriminha mas, eis-me aqui a relatar-vos esta peripécia sem nenhuma ligadura e com os dentinhos todos. Juro que voei! 

Ah, e o moço quase ia tendo um ataque cardíaco com a possibilidade de uma viuvez precoce.

Queridos, mudei a tasca!

Já não é a primeira vez e certamente não será a última mas, de vez em quando, lá me farto do header e tento mudar um bocadinho! 

Por agora ficaremos assim!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Novo Trabalho: Report

Está a fazer dois meses que lá ando e algumas conclusões já tirei:
- Trabalho muito, mesmo muito;
- Não é o que esperava encontrar;
- O chefe continua um doce, daqueles tipo limão;
- Acho que é bipolar;
- Já recebi elogios dos meus doentes;
- Não quero lá ficar depois de terminado este contracto ainda que me proponham um novo;
- A melhor parte do dia é o da hora de saída;
- Não gosto deste sentimento.

Posto isto, e porque continuo a ser positiva, acredito sempre na razão das coisas acontecerem e sei que tudo isto vai servir-me de alguma coisa. É calo, é experiência e estou no Porto [carago]! Há muita formação para fazer este ano, há muita coisa gira para ver e depois logo veremos.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Crónicas de um regresso ao ginásio - Conversas de balneário

Eu gosto sempre de ver mulheres grávidas a praticar desporto e a fazer a sua vida normalmente. Quando não têm uma gravidez de risco nem nenhuma recomendação para repouso não há nada que as impeça de fazer exercício físico desde que acompanhado e controlado por quem sabe o que é adequado para uma grávida. 

Lá no ginásio anda [pelo menos] uma grávida. É vê-la toda fofinha na passadeira a caminhar e a fazer os seus exercícios. Hoje, quando entrei no balneário estava uma mulher a contar-lhe uma história qualquer, daquelas super dramáticas tipo 1 em 1 000 000, em que a prima da tia-avó teve uma cesariana às 24 semanas de gestação por causa de uma infecção intestinal provocada por uma couve com uma bactéria asiática [é capaz de ter sido um nadinha diferente, mas não muito] e de repente a criança também estava privada de oxigénio e juro que ouvi mais de cinco vezes a frase: "a bebé estava em sofrimento".
Sofrimento foi o que eu vi na cara da grávida.
Será que ninguém ensinou à outra mulher que este tipo de histórias não se partilham com grávidas? 

Pronto, é uma animação aquele balneário. 


domingo, 18 de janeiro de 2015

Do amor que não se explica

Ainda não és gente, não és nem visível aos olhos mas o meu coração já te encaixou num lugar privilegiado mal soube que vinhas aí. De repente toda uma alegria se apoderou de mim e ainda nem te conheci. 

Dizem que isto é que é ser [quase] tia!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Problemas dos dias de chuva

Eu e o guarda-chuva somos mais ou menos os gatos que sem rabo perdem um bocado a noção do espaço e do equilíbrio. Foi tanto tempo numa seca gelada que, agora com a chuva, quando me põem um guarda-chuva na mão é ver-me na rua a bater em tudo o que é gente, poste e arbusto.
Irra!

Felizmente não havia Facebook!

Vou todos os dias a pé para o trabalho. À hora de almoço venho num salto até casa enfiar duas garfadas de sobras do jantar na boca e volto noutro salto. Durante o percurso cruzo-me com muita gente mas, por passar por perto de um liceu, cruzo-me ainda mais com gente nova e adolescente. Noto o seu estilo, a sua pinta. Reparo por alto no que que vestem, nos penteados que apresentam e lembro-me de quando eu própria era adolescente. Não era, nem de longe, a mais estilosa da turma. No fundo valiam-me os "lindos olhos verdes" para receber uns quantos piropos mas no que tocava a escolher trapinhos e calçado eu era [quero acreditar que é mesmo Passado] um zero à esquerda. 
De cada vez que me lembro que, numa altura em que se usavam umas sapatilhas tipo lutador de wrestling, com cano pelo tornozelo, eu adquiri umas em vermelho, qual palhacinha, agradeço aos céus por, na altura, existirem muito poucas máquinas fotográficas digitais nas mãos da canalha, por os telemóveis com câmara ainda serem uma espécie rara e com resolução da pré-história e, [graças a Deus] por não existir Facebook, não fosse alguma alma lembrar-se de partilhar tal tesourinho.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Lembrar para não esquecer

É nos dias cinzentos que fazer o exercício da calma faz mais sentido. É quando não paramos no trabalho e ainda assim as coisas não correm bem que, depois de pôr em causa o que andamos por cá a fazer, convém lembrar o caminho que se traçou. 
É quando apetece pegar na mala e rumar ao calor do colo que se deve lembrar que até onde faz mais Sol também tem sombra. 
E volto a respirar fundo e a tentar encontrar a [minha] paz de espírito que tenho a certeza não estar aqui, comigo, não agora.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Como não gostar de histórias de amor?

É como um Diário da Nossa Paixão da vida real. Sei que não é um caso isolado mas é sempre bonito, é sempre bom saber que o amor [ainda] move mundos, os mundos de alguém. E move o meu também!

Aqui

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A minha a ilha a despedir-se...

Parece que esta terra sente o quanto me faz falta e hoje, no dia em que volto para o norte para continuar o percurso que iniciei há anos, quis esconder o sol, quis baixar o termômetro e os 20º que ontem me aqueciam o corpo deixaram substituir-se por uma brisa fria que me gela o coração. As nuvens apareceram e deram lugar à chuva como se de lágrimas se tratasse...

Respiro fundo, levanto a cabeça e sei que já faltou mais para um lugar ao sol nesta ilha prometida. Vou continuar a acreditar, como sempre, e vou criar o caminho para que este colo quente deixe de existir só em férias e seja constante.
Agora sim vem o ano novo, novos começos e recomeços... Vamos a isso!   

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

É um elogio, certo?

Prima de 5 anos comigo no carro enquanto esperávamos:

Ela - Quantos anos tens?
Eu - Já não te lembras? Quantos achas que tenho?
Ela - Hum... 17.

Tendo em conta que estou mais perto dos 25 do que dos 20, parece-me que foi um elogio. Isso ou acha-me um bocadinho adolescente. 

Crescemos...

Os dias bons estão a chegar ao fim. Aos poucos vamos nos despedindo dos amigos que, desta vez e após as férias de Natal, já não vão para uma qualquer cidade portuguesa onde há uma escola superior. Desta vez despedimo-nos por mais tempo e distância. Aos poucos, Portugal deixou de chegar e a Europa parece pequena para a expansão do nosso pequeno grupo. 
Hoje falávamos dos anos que passaram tão depressa e tão bem, porra! Agora estamos em pontos cardeais diferentes com problemas semelhantes e vidas pendentes mas onde há trabalho e essa parece ser a única razão que nos faz manter onde estamos.
Orgulho-me destas pessoas que não baixaram os braços, que se levantaram à procura de trabalho e pão mas sinto tanta pena de não os ter por perto e uma saudade de quando tudo era mais fácil e de quando três meses passavam num instante até umas novas férias no melhor sol de inverno que é o desta ilha. 

sábado, 3 de janeiro de 2015

03.01.2015

Um sol quente que me afaga o rosto e o coração, um céu azul com poucas nuvens, uma brisa suave no ar e um cheiro tão bom a casa. Minha ilha...

[Que esta imagem permaneça em mim nos dias frios que daqui a poucos dias vou encontrar a uns pares de quilômetros daqui.]

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A passagem

Já muitas teorias ouvi sobre os sentimentos desenvolvidos durante a passagem de ano (isto se ainda estiverem suficientemente sóbrios). Há quem se sinta esperançoso com o livro em branco que se aproxima, há quem reveja o ano anterior e se lamente, há quem faça balanços... Dizem ainda que está relacionado com o modo como essa mesma passagem é feita: acompanhado ou sozinho, em ambiente festivo ou menos e por aí fora. 
A maioria das minhas passagens acontece rodeada de mar, debaixo de um céu cobiçado pelo mundo fora, onde durante largos minutos as luzes do fogo de artificio iluminam as memórias do ano passado e tentam ser suficientes para dar brilho aos sonhos do novo ano. Acontece rodeada de gente, de passas e espumante, onde se ouvem "Bom Ano" e desejos de paz e saúde em todo o lado. 
Acredito sempre que o próximo vai ser ainda melhor mas tento não fazer exigências nem demasiados planos que não acredite ir cumprir. Limito-me a abraçar os meus, a contemplar as luzes e a acreditar.
No limbo entre o fim e o começo, o culminar de um ciclo e o iniciar de outro, acredito sempre no melhor e se assim não for, há 365 novos dias para tentar de novo, uma e outra vez!