quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Adeus 2014. Olá 2015!

Se pudesse adjectivar este ano seria, certamente, um ano complexo.
2014 trouxe-me de tudo um pouco. Felizmente, não perdi ninguém próximo, houve saúde de sobra para todos e só por isso agradeço muito!
Em 2014 viajei algumas vezes entre o continente e a minha Pérola, como já vem sendo hábito nos últimos anos. Concluí a licenciatura, conheci pessoas novas e reencontrei as de sempre. Estive com os meus mas não tanto quanto gostaria. Mudei de casa três vezes. Mudei de cidade.
Conheci sítios novos e voltei onde já fui muito feliz. Comi muito e bom mas também fiz muito exercício. Voltei ao ginásio. Não corri a corrida de São Silvestre como cheguei a achar que iria algures em Julho. Recebi a minha Canon pela qual há muito pedia. Estive desempregada [muito pouco tempo], recusei trabalho na minha zona de conforto para saber o que era lutar por mim e consegui três entrevistas tendo sido colocada nas três. Despedi-me por opção. 
Em 2014 ri-me muito mas também chorei para caraças. Sozinha e acompanhada chorei só porque sim, chorei para limpar a alma e renovar as energias. Tive medos. Senti-me em baixo, cheia de dúvidas e lembrei-me das minhas certezas. Acreditei ainda mais que o sonho comanda a vida e que temos de trabalhar muito e acreditar para fazer o nosso mundo rodar. Soube que para chegar onde queremos é preciso percorrer um caminho, caminho esse que atravessa lugares nem sempre queridos.

Para 2015 não posso pedir mais nada. Tenho tudo. Tenho a força e tenho o meu núcleo de pessoas bem forte. Quero que essa força se mantenha e me faça não parar, me faça continuar à procura do que quero encontrar. Saúde, alegria e paz, muita paz é o que espero atrair sempre. Amigos novos e os de sempre, sempre por perto.

Que sejas bom 2015, que sejas bom. 

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Mas porque raio é que eu como tanto?

Só para dizer que hoje sinto-me um balão prestes a explodir.
Achei que podia ter algum interesse. Not.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Agora sim é Natal

Finalmente, casa.
Não podia ser de outra forma e não sei o que é ser Natal se não for assim. Se não for aqui. 
Há muito que começaram a surgir as primeiras decorações, depois as luzes e por fim tudo o que o Natal costuma trazer: mais solidariedade, mais campanhas, "Feliz Natal" em toda a parte e na boca de toda a gente. Mas não era Natal. Para mim não podia ser Natal enquanto não visse este mar, não sentisse o sabor da montanha verde, não fizesse parte do alvoroço que se sente em casa dos meus pais, aliás, em minha casa porque será sempre a minha casa. Não podia ser Natal se não ajudasse a minha mãe a embrulhar os últimos presentes nem visse a mesa da cozinha cheia de doces e licores. Não podia ser Natal sem este sotaque e sem as caras que me são familiares desde que me lembro de ser gente. Não podia ser Natal sem os meus.

Para vós desejo o melhor e que em cada um de vocês seja Natal onde quer que estejam porque para mim esta época é isto mesmo, é fazer o nosso próprio Natal, é deixar a magia espalhar-se e ser ainda mais feliz com quem nos enche as medidas.
Um Natal muito feliz!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Está a ser difícil, caraças!

Hoje, e cada vez mais, é em todo o lado que se ouve "arrisca!", "dá o salto", "faz o que gostas!". Muito bem, já antes de terminar o secundário ouvia isso e assim o quis para mim. No entanto, a realidade pós-licenciatura e recém-entrada-no-mercado-de-trabalho é bem diferente. Até se pode ter a profissão que se gosta mas se não for no sítio certo, com as funções certas, com as pessoas certas e com a remuneração certa, tudo isto equivale a não fazer o que se gosta. 
Às vezes gostava já de saltar toda esta parte do ah-e-tal-tens-de-passar-por-isto-porque-estás-a-começar-e-faz-parte-é-aprendizagem para aquela em que tenho o meu espaço, recebo as pessoas como considero ser o ideal, avalio e aplico as técnicas consoante o melhor para cada caso e não sou mal-tratada por "superiores". É que às vezes é só chato e chega a ser um bocadinho mau.

Depois respiro fundo e penso que daqui a nada estou em casa para uns dias de paz e de colo e que o novo ano será diferente. No novo ano aguentarei até onde conseguir e continuarei a procurar melhor, continuarei a lutar pelo sítio quase perfeito e não vou ter medo de dar o salto ainda que não seja tão grande quanto o imagino daqui a uns anos.  

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Crónicas de um regresso ao ginásio - Especial Natal

Na semana passada o professor de Localizada e Jump sugeriu que nas aulas desta semana todos levássemos um adereço de Natal porque seriam as últimas até ao dito dia. 
Passei a semana a pensar no assunto e na véspera entrei em 3 lojas dos chineses à procura de uma bandelette com uns cornos de rena porque achei que um gorro era capaz de me levar ao colapso, tamanho o calor que liberto naquelas aulas. Encontrei-os a tempo de evitar que o desespero tomasse conta de mim por ser a única a não usar adereço.

Ontem, na aula, duas renas. O professor e eu.


"O teu problema é pensares demais"

Não acredito em coincidências. Já acreditei. Hoje, associo uma razão a tudo o que acontece. Acho que existem sempre respostas para os "porquês" ainda que só se conheçam passado muito tempo ou ainda que a resposta esteja em não sabê-la de todo.

O novo trabalho, ao que tudo indica, será o trabalho do ano de 2015. Pelo que vou conhecendo de mim não sei se aguento por lá o ano todo se as coisas não correrem "bem" ou se não correrem como idealizei (coisa impossível, né?) ou até, caso surja uma oportunidade diferente.

Penso demais, talvez. Acho que penso, simplesmente, mas a verdade é que dou por mim a pensar em todos muitos caminhos para ir ter a um fim. Aquele em que serei mesmo feliz com os contras da vida mas com os prós a sobressaírem.
Também sei que o importante não é a meta mas sim o caminho. Então, continuo a percorrê-lo até que se torne menos duro, mais propicio a paragens para contemplar a paisagem, com menos lombas e buracos. E nesse caminho vou pensando, planeado e idealizando. Vou vivendo. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Crónicas de um regresso ao ginásio

Na semana passada experimentei uma aula de Jump Fit. Há um mini-trampolim e pessoas a saltar em cima dele. Tirando o facto de podermos sair disparados, qual catapulta, a coisa até é gira e perdem-se umas boas calorias ao mesmo tempo que se dá conta do exercício cardiovascular. 

O professor é muito engraçado e a coisa corre bem mas, no inicio de cada música, o dito faz questão de explicar a coreografia de uma só vez e refere-se aos passos com os nomes "científicos" dos mesmos.
Ora, ontem foi qualquer coisa como isto: "Durante o refrão é: canguru duplo, duplo, simples; chinelo simples, simples, duplo; sapato simples, joelho duplo, tcha-tcha, joelho simples, simples, duplo (...) fémur simples, simples, duplo, sapato simples. Entendido?"
Até aqui parece fácil não fosse o homem falar a 100 km/h e eu ainda não ter memorizado os passos correspondentes aos nomes. A certa altura já não sabia se estávamos a falar de compras com tanto sapato e chinelo ou de Jump.

Enquanto ele falava eu perguntava-me: Será que ele acredita que alguém memoriza isto, mesmo? 
Até lá vou continuar a tentar...


[Um videozinho do Youtubiii para ilustrar]

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Novo trabalho: Report

A adaptação é tramada. Alguém já me disse que é importante atravessar esta fase num trabalho, é importante deixar passar a novidade e a fase de adaptação para poder perceber exactamente o que é trabalhar ali e assim. O facto é que ainda não passei por isso. As experiências que tive tiveram a duração de cerca de um mês, respectivamente. Por aqui, a ver vamos. 

Trabalha-se muito e depressa. Ainda não tenho horário completo mas tudo aponta para isso. Há um chefe com tudo o que esse titulo implica. Há vontade de passar por isto? Há, muita! Chego lá todos os dias bem disposta por que não sou totalmente fã da teoria "Amor com amor se paga" e mais da teoria "Tudo com amor se paga".   

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Fim-de-semana bom

Muitos quilómetros percorridos e a certeza de que temos um Portugal lindo e completo onde o verde e o castanho se cruzam, onde os rios vão dar ao mar e as montanhas avistam as praias. Muitas músicas cantaroladas e gargalhadas de amor. Um fim-de-semana bom de cansaço e de descanso.


Adoro os nossos condutores

É ficar na passadeira à espera do sinal verde e vê-se um pouco de tudo. Ele é malta que para além de conduzir ao telemóvel ainda fuma o seu cigarrinho, o outro que vai a trocar mensagens e o ultimo que a pensar que ainda apanha o laranja trava a fundo em cima da passadeira.
Quem nunca errou que atire a primeira pedra mas a tendência para o facilitismo é de mais no nosso país.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Esqueçam os bombeiros de Setúbal

Caras amigas, se pensavam que o calendário dos bombeiros de Setúbal já era esticar a corda do sensual aqui no nosso pequeno rectângulo eis que chega todo um novo calendário importado directamente da Rússia para mostrar aos nossos homens como é que se faz. A particularidade é que se calhar esta malta pensou que ser bombeiro era pouco e então toca a chamar tudo o que era padre. 
Parece que o objectivo é angariar fundos para criar a primeira organização contra a homofobia na religião ortodoxa. O mais engraçado é que o dito calendário custa 18,95€ mas, para as meninas mais exigentes, há um outro, sem censura, no qual se pode contemplar mais qualquer coisinha e que vale 34,95€.

Posto isto, meninos de Setúbal comecem a treinar. Oh Sr. Padre esteja quieto, estava a falar para os bombeiros, mesmo. 



Mais aqui.

A nostalgia, outra vez a nostalgia

Quando ouço falar em azia não sei do que falam. Nunca tive, não sei como é nem sei o que sentem as pessoas que a têm. 
Já quando se fala de nostalgia o assunto muda de figura [e muda mesmo... Faço cada comparação...]. Às vezes gostava que fosse como quando me falam em azia e assim que ouvisse falar em nostalgia nada me viesse à memória. 
A nostalgia tem o bom e mau, tem os dois lados da moeda. Se por um lado representa algo bom do passado, por outro vem à mente aquilo que já tivemos e não temos e que nos mói por dentro por não ter. Sentir nostalgia é agradável e desagradável. Vem o sentimento de vazio pelo que já se viveu e não se tem e o sorriso parvo da boa recordação.

Hoje cruzei-me com um grupo de quatro raparigas a caminhar lado a lado. Deviam ser estudantes a julgar pelos livros ao braço. Felizmente tenho as minhas bem perto do coração [mais longe no mapa] mas, por momentos, senti saudades de nós, de livros ao braço, das conversas tolas que a única preocupação que envolviam era a da frequência (que até nem era assim tão impossível de fazer) da semana seguinte. Nostalgia tramada.

Amigo Secreto. Ou não.

Nesta altura do ano quase toda a gente tem ou conhece alguém que vai participar numa troca de prendas. Salvo raras excepções, essa troca de prendas baseia-se no jogo do Amigo Secreto (ou oculto, ou o que lhe queiram chamar) que basicamente significa não fazer ideia de quem nos vai dar a prenda dentro do grupo de participantes. O que me parece é que ninguém consegue guardar esse segredo até ao dia da dita troca. Ora vou só contar à Maria porque me vou engasgar com esta aflição de não contar a ninguém e se calhar também conto ao Manel porque até vou dar prenda ao João e como é homem até me pode dar uma ideia.
O que é certo é que mesmo não sabendo directamente quem nos vai calhar, feitas as contas sobram para aí dois ou três elementos no grupo e pronto, acabou-se o amigo secreto.
Até na rua já ouvi falar no Amigo Secreto e a frase foi algo do género: "Hum... Ainda tenho de comprar a prenda para o jantar... (silêncio de ambas as partes)... Não te ia dizer mas calhou-me o José António!". Ora e se eu até conhecesse o José António? Lá se ia a surpresa! Pimbas!

Eu e os dramas do Natal...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Maminhas e pipis

Também podia chamar-lhe "Crónicas de um regresso ao ginásio" mas achei este título bem mais ilustrativo.

Eu até nem me acho uma pessoa pudica nem com muitos complexos (mas não falemos de depilação por fazer que uma pessoa tem pouco tempo) mas já vi um pouco de tudo desde que lá estou (no ginásio), principalmente no balneário. Há meninas que já se despiram e estão prontinhas a ir ao banho quando entra no balneário uma amiga de lonnnnga data e lá ficam a conversar com uma indumentária à maneira o tempo suficiente para eu me despachar e contemplar a situação. Já vi discussões acesas sobre política e sobre o sexo dos anjos em que as duas intervenientes estavam sem roupa, e continuaram a estar com direito a movimentos de braços e pernas para ilustrar. Um arraial, portanto. (Vendo bem não vi assim tantos episódios de nudez excessiva quanto isso, mas deixem lá.)

Nada contra, tudo muito bem. Um balneário é um balneário mas pronto, para maminhas e pipis uma pessoa não tem muita atracção então a coisa fica chata quando fazem questão de pavonear os ditos mais do que é necessário.


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Podia ter sido escrito para mim

Nisto das mudanças, do recusar e do aceitar, às vezes sabe bem ouvir [ler] frases destas, como se tivessem sido escritas a pensar em mim, como se tivessem sido ditas a olhar-me nos olhos. 

"(...) E sentes-te muito mais leve, equilibrada, feliz. Contigo, acima de tudo contigo. Mesmo que os outros achem que abdicar do que tantos gostavam de ter, renunciar onde outros gostavam de estar é a maior parvoíce que fazes na vida. Percebes, com toda a certeza, que o verbo que conjugam não é o que queres sentir no equilíbrio de ti: ter. E que tudo o que procuras, e que queres continuar a aprender todos os dias, é a conjugação certa, mesmo que imperfeita, do verbo ser."

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

"É só quereres!"

Apesar de todos os "senão" dos trabalhos por onde tenho passado não me posso queixar nada no que toca à variedade. Vou "pedindo" e procurando e as coisas vão surgindo. Na altura certa, cada uma para me mostrar algo, para me ensinar algo mais, lá vão surgindo. 

Nesta última mudança fui eu quem escolheu. Não foi porque estava sem trabalho nem terminou nenhuma substituição de férias. Estava num sítio e surgiu uma outra oportunidade, diferente e mais perto de casa. Pensei, escolhi e decidi. Troquei. Deixei para trás gente boa e fui à procura de mais. Não sei se fiz bem, talvez até não tenha feito. Agora já está... Custa mais ter que escolher. Exige responsabilidade e exige assumir a decisão. Ficamos a matutar no assunto à espera que corra tudo bem e que nada nos caia em cima por termos seguido o caminho "errado".

Neste misto de sentimentos só um abraço de mãe podia ajudar. A minha acredita na sorte que se cria e sussurrou-me que vai correr bem dizendo-me nos olhos: "É só quereres!". 

Que assim seja...

domingo, 30 de novembro de 2014

Agradecer

Mais mudanças... Fui seleccionada para trabalhar no sítio para o qual fiz a entrevista. Pensei e aceitei.
Trabalho novo. Lua em quarto crescente. Mudanças uma e outra vez...
Ainda não sei o que me espera. Sei que é duro, sei que deixei uma equipa muito querida para trás e um trabalho mais calmo num sítio acolhedor. Sei que será muito difícil conseguir algo parecido para onde vou conhecendo já a mecânica do serviço. Mas também não me esqueci das coisas menos boas do antigo trabalho...
À parte de tudo isso e sem saber o que me espera que até pode ser o pior que já vi, não posso deixar de agradecer uma e outra vez tudo o que tenho. Desde Julho, altura em que acabei o curso e comecei a procura intensiva por um trabalho, foram 3 entrevistas e 3 oportunidades conseguidas, e muito pouco tempo parada.
Obrigada.

Diálogos (Versão Disney - Para quem sabe o Rei Leão de trás para a frente e de frente para trás)

Tenho um primo com cerca de 10 anos e hoje, por acaso e só por acaso, devo ter visto uns 3 miúdos que achei que eram parecidos com ele. Se foi pelos olhos ou pelo tamanho, pelo jeito ou pelo cabelo, não sei. Sei que partilhei com o meu moço a minha opinião. Ao terceiro miúdo ele só me responde:

- Pumba, para ti tudo é gás.




sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Telepatia

Este fim-de-semana ["fim-de-semana" como quem diz porque amanhã ainda trabalho] vou rumar um pouco mais a sul para um reencontro de amigos e colegas. Estou mortinha por reencontrá-los e (re)viver uma noite como há uns bons tempos não o faço. 
De todos os que vou rever, aquece-me mais o coração saber das minhas meninas, das minhas amigas, das irmãs que não nasceram da minha mãe, da família que escolhi e que escolhemos umas para as outras.
Vamos por caminhos diferentes rumo ao centro. No entanto, uma delas vem no mesmo autocarro que eu quando regressarmos de um fim-de-semana feliz, assim espero. No grupo onde acertámos todos os detalhes dizia eu que já tinha comprado os bilhetes e que o meu lugar será o 36 e portanto o dela tem de ser o 35 para vir ao meu lado. 
A outra amiga, o terceiro vértice do nosso triângulo, o terceiro braço da nossa estrela respondeu:

- Sem saber comprei o bilhete do lugar 37. Só é pena que seja de um outro autocarro.

Pouco importa que os autocarros sejam diferentes e que rumem a pontos cardeais distintos. Enquanto não nos faltar a amizade saberemos sempre que lugar escolher.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Natal [e as prendas...]

Outra vez a porra das prendas!
Gosto do Natal, que gosto. Já não é o que era mas parece que é assim com toda a gente: as famílias crescem, uns vão outros vêm, faltam os avós, as coisas mudam mas não deixa de ser Natal.
O que não muda é a história das prendas. Passam os anos e o dilema do que se vai oferecer permanece. Ora falta a originalidade e sobra vontade, ora até tenho a ideia brilhante mas uma conta bancária bem escura é um trinta-e-um e nisto já sinto o Natal à porta. 

Não se aflijam, eu sei que o Natal é mais do que isso, isso das prendas, eu sei.

domingo, 16 de novembro de 2014

O Idoso

Estou cada vez mais certa de que a terra gira. Não me refiro em termos físicos mas sim metafóricos. Onde estamos hoje pode já não ser real amanhã. O que dissemos ontem já não faz sentido nenhum no dia de hoje. O que afirmámos com a maior convicção no passado engolimos em seco no presente.

Todos os dias lido com idosos, idosos que já não moram nas suas casas, idosos que já não estão com a sua família todos os dias, idosos que estão longe da vida como a conheciam antes e idosos que  de certeza afirmaram nunca chegar ali. Em cada uma das suas rugas vou imaginando as suas histórias. Que pessoas foram? Que mágoas guardam? Que alegrias deram aos seus?
Alguns conseguem contá-las, as histórias, outros já nem sabem quem são nem de onde vieram. Àqueles a quem a doença roubou a capacidade intelectual e a memória noto um olhar vazio pelo qual pagava para saber onde já vai e trazê-lo de volta só para ouvir um bocadinho de si. "Era uma mulher tão bondosa" diz-me uma filha. Acredito. Continua a sê-lo ainda que não se reconheça mais. "Era um homem de negócios, forte e convicto" diz um irmão mais novo. Sei-lo bem. Continua teimoso ainda que agora o discurso seja confuso e incoerente.
Dou por mim a pensar que mais tarde ou mais cedo a vida leva-nos a isto e a velha máxima do "Quem não morre novo chega a velho" impõe-se. O velho é um corpo fraco com uma alma rica. Imagino o que fariam se a força lhe permitisse e se o cansaço não os vencesse. Quem seriam hoje se vivessem mais 100 anos com a força dos 20?

Se o novo soubesse e se o velho pudesse...



Carrapito

Juro que não entendi, ainda, o propósito desta moda.
Parece que é giro os indivíduos do sexo masculino fazerem um corte de cabelo que implica o cabeleireiro rapar-lhes o cabelo e esquecer-se de toda a guedelha que cobre a face superior do crânio. Feito isso, os pobres clientes não têm outra alternativa que não seja atar o cabelo que sobrou no alto da cabeça em forma de carrapito espetado, qual antena de rádio.


Diz-se que é um coque Samurai... Uuuhh


 Mas é isto que me vem à cabeça de cada vez que vejo um.
  

Sábados de trabalho

Mais um sobre trabalho [aguentem-me!].
Para aumentar a lista das minhas "lamentações" sobre o novo local de trabalho, tinha ainda que trabalhar aos sábados. Eu sei que não vem mal nenhum ao mundo e que tive isso tantos anos na minha família e que há imensa gente que trabalha sábados, domingos e feriados e blá, blá, blá. Mas, sempre achei que só ia trabalhar sábados se quisesse fazer mais uns trocos e não para ter os trocos de sempre e fins-de-semana são e serão fins-de-semana, fazer o quê?
Se antes eu achava que na sexta já não podia dar nem mais uma horinha porque era pessoa para apagar, percebo que afinal é possível dar sempre mais um bocadinho. 
Ao sábado é ver-me na paragem do autocarro sozinha, o dito autocarro quase vazio e nele as pessoas quase adormecidas. Penso no que lhes vai na cabeça. Será que, tanto como eu, só queriam mais um par de horas na cama e um dia de descanso? Oh, meu rico sábado...

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Queixa-te lá, queixa-te...

Não me posso queixar [uma vez mais e como sempre]. 
Fiz uma substituição numa clínica, andei a resmungar que era só uma substituição, não era o trabalho de sonho e pimbas, surge outra oportunidade. Na nova oportunidade [na qual me encontro] há muita coisa mal, talvez para me provar que não nos podemos andar a queixar porque há sempre coisas piores. Neste sítio continuo "à espera" do contrato/estágio/o-que-for mas a trabalhar. Fica longe como tudo, tem um horário de cão and so on... Continuo a murmurar algumas queixas, mas mais baixinho porque sei que sou uma sortuda no meio de tudo isto e eis que surge uma nova entrevista num local diferente. Não sei no que vai dar mas fiquei mesmo empolgada. É num sítio perto de casa, poupava imenso em transporte, mesmo com horários de cão não perdia uma hora a chegar a casa, mesmo com todos os problemas que os trabalhos têm era simplesmente diferente daquele onde estou agora e só por isso seria bom, com tudo de bom e de mau que as mudanças trazem.

Nisto, esta minha vida continua uma animação, que eu cá não sou pessoa para viver na pasmaceira, nem pensar!

domingo, 9 de novembro de 2014

Cansaço

Sinto-me cansada. Não sei (nem faço muita questão de saber) o que é ser atropelada mas hoje dou valor à expressão "passou-me um camião em cima". É mesmo essa a sensação. Algo bem pesado e bruto passou por cima deste pedaço de carne e ossos e deixou marcas e muitas dores. São dores físicas e emocionais. Dores de um regresso ao ginásio, dores de um trabalho novo, dores de uma rotina nova (à qual está a ser difícil habituar-me), dores de faltas e lacunas, dores de saudade.
O pior é que estou em plenos 20 e sinto-me mais velha que alguns dos meus idosos que no auge dos seus 90 são mais moços que a minha mocidade. 
Maldito cansaço.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Resolução de emprego novo

Inscrevi-me no ginásio. 
Se por vós passar uma rapariga bem jeitosa e com ar saudável é bem provável que não seja eu.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Noé já terminou a arca?

A julgar pela chuva que cai no Porto é bom que se despache, pelo menos para salvaguardar algumas espécies. Não tarda nada afundamos todos.

domingo, 2 de novembro de 2014

À conquista do desapego

Não estou em casa [onde me sinto em casa] e entendo agora a saudade de uma forma diferente. Estou a conquistar o meu lugar nesta profissão, a conquistar um currículo mais rico numa cidade que me pode dar a formação de que preciso, pessoal e profissionalmente. 
Quero que seja provisório mas não sei se o será e/ou até quando será. Tirando as escapadelas que poderei dar até casa, não sei se levará 3, 4 ou 10 anos até assentar bagagens frente ao mar. E custa muito praticar o desapego quando a certa altura já nem se sabe bem onde se pertence.
Mas vamos a isso, o desafio promete mas não é impossível. Não quero cortar esse cordão umbilical mas acho que é possível fazê-lo ainda maior, fazê-lo esticar um pouco mais para quando voltar à terra sentir que a ligação continua forte, continua lá, como sempre esteve, como sempre vai estar.  

sábado, 1 de novembro de 2014

Novembro

Um dia, quando for velha e caquéctica [por volta dos meus 103 anos porque antes disso serei muito activa, ou não], imagino-me num cadeirão. Cadeirão esse que não será de baloiço, será apenas um cadeirão confortável com vista para uma janela que me irá permitir contemplar o meu mar ou o meu verde serra. 
Levada pela demência própria da idade, a qual me fará oscilar entre a minha infância e a minha juventude, de cada vez que vir cair a chuva vou achar que é Novembro. Novembro traz-me as primeiras chuvas a sério, o cheirinho a terra molhada de que gosto tanto. Na minha ilha, Novembro é assim, mas não chega a ser chato, não chega a trazer chuva a mais [isto antes da bipolaridade de São Pedro]. Novembro traz o Inverno que os agricultores anseiam e que as crianças pediram para chapinhar nas poças. Novembro é-me bom por ser o mês que estou certa vir a recordar sempre que a chuva cair e sempre que o cheiro a terra molhada se fizer sentir.
Não estou na ilha, é certo, mas continuo a gostar de Novembro ainda que os cheiros sejam diferentes e seja preciso procurar para encontrar esse aroma da terra numa cidade onde há mais breu. Mas é Novembro, não é? Então que seja bom...



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Da amizade nos melhores e nos piores momentos

Pouco falta para que dois anos se completem. 
Lembro-me como se de hoje se tratasse de como chorei desalmadamente quando soube que o sobrinho dela, o sobrinho que já não era só dela mas de nós todas, já não existia fisicamente, tinha sucumbido a um aborto espontâneo. Lembro-me de sentir que já chegava. Lembro-me de saber que ela não merecia mais nenhuma prova do Universo. A sua mãe estava doente, a sua vida amorosa não era propriamente retirada de um conto de fadas, não era uma época especialmente feliz para ela não fosse o facto de ir ser tia. Estava feliz como há muito não se lhe via. Às 20 e tal semanas de gestação, uma mal-formação terrível, um bebé inviável, um aborto espontâneo, um parto "normal" para ver nascer uma grande dor para toda a família. 

Hoje vibrei como se o "nosso" sobrinho tivesse ressuscitado. Hoje quero acreditar que será desta, que o teu sobrinho (ou sobrinha) será mais-que-perfeito ainda que no pretérito-(im)perfeito tenha sobrado dor, o futuro será incondicionalmente melhor, será um presente! 

domingo, 26 de outubro de 2014

Sou uma irresponsável... Pelo menos tenho trabalho

O tal sítio onde estive à experiência propôs-me fazer estágio profissional. O que fiz? Para além de ter aceitado aproveitei a onda e desterrei o resto das poupanças de desempregada numas botas.

P.S.: É bom não é? Agora vamos ver se a proposta é enviada e aceite em "tempo real" e se o tempo proporciona que eu desfile as minhas botas.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

É por estas e por outras que me começam a surgir as primeiras rugas em plenos 20...

Detesto [é capaz de ser uma expressão forte mas não gosto mesmo nada!] estar na fila da caixa do supermercado, supermercado esse e respectivas filas apilhados de gente, e estar constantemente a levar "toques" da pessoa que se encontra atrás de mim como se pensasse que por me estar a esmagar contra a pessoa da frente a fila fosse, milagrosamente, andar mais depressa. Depois não tenho coragem para dizer nada porque até se trata de uma senhora com alguma idade mas ainda assim continuo a achar insuportável porque aparenta estar bem capaz, física e mentalmente, e detesto [já disso isto?] estar a ser empurrada.

Ele há coisas que me fazem ferver...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A culpa e a perspectiva

Dou por mim a passar por lojas ou páginas online e a desejar uns trapinhos ou uns [lindos!!] sapatos, botas e botins ou ainda acessórios, tais como, brincos, lenços e afins mas, uma voz da consciência nasce em mim para me lembrar que não trabalho e que não posso cair nessa tentação. Penso que dias melhores virão, dias em que me "embebedarei" de coisas supérfluas num shopping só porque sim e fico melhor.

Da mesma forma também me apetece comprar livros. Não só livros técnicos para a minha profissão mas livros, apenas livros. Dos que têm crónicas, romances, humor e drama. Livros. Aí o caso muda de figura... A minha voz da consciência cala-se e faz-me acreditar que por serem livros já me posso desterrar porque não virá mal ao mundo se passar fome mas tiver uma mente relativamente bem alimentada. 
A desgraçada da culpa é mesmo uma questão de perspectiva...

Amor é...

Termos deixado uma torre de louça suja do jantar na pia porque nos queríamos apressar para ir ao café com uns amigos e já não termos força para a lavar no regresso e, hoje de manhã, aperceber-me que ele a lavou todinha, mesmo tendo que se levantar bem cedo, mesmo tendo que despachar-se para o trabalho, mesmo tendo eu ficado na cama para mais um dia de desemprego.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Só estou bem aonde eu não estou

Já dizia António Variações na sua arte de bem [en]cantar...
Isto de o ser humano ser um eterno insatisfeito até irrita. A começar por mim, pois claro. É que uma pessoa pode até já ter tudo mas e se por cima disso ainda viesse mais qualquer coisinha?
Já fui mais assim, é verdade, um passo maior do que a perna, a vontade de passar para o momento seguinte porque aí estaria "ainda melhor", aí onde não estou.

Comecei a escrever este post há uns meses e, nessa altura, onde queria estar e não estava é onde agora estou. E adivinhem? Pois, é isso mesmo, não me importava nada de avançar para o sítio seguinte...
Quando estava em casa não o tinha tão perto e, percebi que o melhor passava por sair, por lutar pelo meu lugar ao sol em termos profissionais e, melhor ainda, conseguindo aliar tudo isso ao facto de estarmos juntos também fisicamente. Agora que aqui estou [e não podia ser mais feliz com outra pessoa], talvez por ainda não ter encontrado O trabalho, talvez por estar ainda a tentar encaixar-me entre estas pedras e sotaques, entre as margens deste rio, sinto uma vontade louca de voltar. Pegar nele, em mim, em nós e regressar para onde me encaixo tão bem, naquele vale verde rodeado de mar... Mas não pode ser. Existem sonhos e compromissos, existe crescimento para acontecer e ontem alguém me disse: Deixa a vida mostrar o que terá de ser. Com essa fixação de voltar as coisas podem ser diferentes...

Então, que assim seja até quando tiver de ser.


Constatando...

Domingo à noite, no conforto do meu sofá (conforto como quem diz, porque o sofá que o senhorio nos arranjou é material para nos pôr a coluna vertebral feita num oito) vou saltitando entre o The Voice - Kids e o Factor X. Suspeito que assim que começarem as galas vou estar mais pela SIC mas, por agora, é a pequenada que me rouba mais a atenção. 
Juro que nem consigo arranjar um exemplo mas, apesar de o Sr. Anselmo ser muito fofinho, brincalhão, estar na moda e blá blá blá, alguém tem que lhe emprestar um dicionário de Português ou algo do género. É cada tiro, cada melro. Vale-nos a piada que tem e o facto de os miúdos ficarem todos vidradinhos nele. 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Gone Girl

Ainda das idas ao cinema, recomendo (MESMO!) o filme Em parte Incerta (ou em inglês Gone Girl).
Li o livro (da Gillian Flynn) e gostei muito. Prende-nos do início ao fim e não conseguimos parar de ler até sabermos exactamente o que acontece. É um autentico suspense. Como acontece com a grande maioria dos livros que leio, sempre que sai o filme tenho sempre vontade de o ver. Geralmente já vou preparada para a desilusão porque sou das que acredita que o livro é sempre melhor mais não seja pelos detalhes e pela capacidade da nossa imaginação em fazer o filme que, diga-se de passagem, é sempre melhor do que um filme de qualquer realizadorzinho que para aí ande.
Ora que desta vez fiquei verdadeiramente surpreendida. Esta foi, sem dúvida, a melhor adaptação de livro para filme que já vi. Não fica a faltar nada e está super bem adaptado! Recomendo!


Os patrões e as boas pessoas

Hoje ouvi a seguinte frase: "as boas pessoas não fazem isso, a verdade é que não fazem porque nunca são patrões". Tudo isto a propósito do tópico "trabalho à experiência" e respectiva remuneração/exploração/instabilidade.
Quero acreditar e não tenho dúvidas que existem patrões que são realmente pessoas, pessoas boas. Mas, a verdade, é que desde que passei para o outro lado (não, ainda não faleci), o lado do empregado, percebo porque é que tantos jovens "desistem" do seu país. Nem todos os jovens portugueses têm a sorte de ter um grande suporte, quer sejam pais ou quaisquer amigos e familiares. Um suporte que lhes permita ter uma casa para viver e tempo, esse tempo precioso para procurar e esforçar-se por ter um trabalho no seu país. Não dá! Com o que pagam e como pagam não dá! Com a frase cada vez mais comum de "Se não queres o que não me faltam são currículos para escolher e quem queira este lugar" a circular, não dá! Às vezes apetece mesmo dar uns abanões a quem manda, está tudo a favor dos grandes, tudo, e dizer-lhes "Não dá!".
Respiro fundo uma e outra vez, lembro-me que sou (ou era) a optimista, a que acredita (ou acreditava) sempre no final feliz e continuo. Amanhã é outro dia até ao dia que disser "não dá!" e nesse dia saberei o que fazer para que finalmente dê... 

sábado, 11 de outubro de 2014

Novos começos... À experiência

No início da semana passada fui chamada para uma entrevista. Tirando os horários e a miséria que tencionam pagar remuneração, aparentemente, a entrevista correu bem. Recebi um bom feedback. Foi-me dito que telefonasse na sexta para saber o resultado pois eram tantas as candidaturas que não iam telefonar a toda a gente para avisar... Modernices ou Há-tanta-gente-que-dava-um-rim-por-este-trabalho-que-se-não-ligares-não-fazes-falta.
Não foi preciso ligar. Na quinta-feira ligaram-me para que fosse trabalhar na sexta à experiência... Senti-me bem por me terem ligado, afinal, de alguma forma marquei a diferença. No entanto, não gosto nem nunca vou gostar deste poder que os empregadores têm hoje em dia de nos "mover" de tal forma por um trabalho que na sexta-feira lá estava eu, à experiência. 
Nem vos vou falar do grande mau começo, de não conhecer a localização e de ter pedido ao motorista do autocarro que parasse na paragem correcta e de ele se ter esquecido e de só se ter lembrado 20 minutos depois e de ter chegado atrasada no 1º dia à experiência e de ter pago 10€ de táxi... Tirando tudo isso até correu bem.
Desde sexta sou, [des]oficialmente, uma desempregada à experiência durante uns dias... Pagam. Mas a julgar pelo valor e, a contar que tenho que pagar o autocarro, é como se não recebesse nada.
Não sei se me sinto feliz pela luz ao fundo do túnel ou miserável por, para além de estar longe de casa, continuar sem certezas e à experiência... Vamos a isso, então.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Os nossos diálogos ou o sentido prático dele

Nestes dias estive engripada. Ora foi muito ranho, assoadelas e olhos lacrimejantes a toda a hora. Como já sei que após os ataques de rinite, os quais ainda duram uns dias, fico com o nariz que é uma lástima de tão assado, besunto-me com Nívea, o do boião azul, a ver se o hidrato bem. Não poucas vezes, ainda durante os dias desta praga de ranhoca, surgem os meus queridos amigos herpes labiais, não sei qual a associação mas eles aparecem nestas alturas em que as zonas labial e nasal ficam mais sensíveis. Por vezes, só o retirar do buço é suficiente. Uma maravilha, portanto.

Ontem, enquanto besuntava o nariz com o dito creme o rapaz balbuciava qualquer coisa em jeito de gozo e eu, muito dona do meu nariz, literalmente, respondi:

Eu - Eu faço isto porque já sabes o que vem depois disto. Sabes, não sabes? O que vem depois disto? (A referir-me aos herpes...)

Ele - A morte.

Ah bom, exacto. Há sempre que ver o lado positivo da coisa, antes isso que herpes. Ou não.

domingo, 5 de outubro de 2014

Custa a engolir? Bebe yoggi!

Hoje fui ao cinema. E, senti-me como os apanhados num dos anúncios do Unas. 

[Já agora, vale a pena ver Os gatos não têm vertigens. É sempre bom confirmar que o cinema português também tem coisas boas e não é só em Hollywood que se fazem bons filmes.] 

Ao nosso lado, três mulheres comentavam a alto e bom som cada cena do filme, do tipo, o rapaz a lavar a louça e elas "Olha, até lava a louça" ou o rapaz a arrumar a mala "Vai arrumar a mala e vai embora" e por aí fora. Quando, numa cena em que estavam mais silenciosas, eu saboreava fervorosamente as minhas pipocas, uma delas resmungou algo como "Tanto barulho, pah!"... 
Juro que me apeteceu sacar de um yoggi e perguntar "Custa a engolir?".

Pelo Dia do Animal

Ontem fui abordada (carinhosamente) por um cão deeeeesssssssteeeee tamanho e fiz-lhe festinhas só porque o dono disse que ele era muito afável.


E era mesmo.

E já agora, sinto mesmo falta dos meus peludos, os que ladram e miam, que ficaram com os meus pais de um outro lado deste mar.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Quando a Lua nasce, nasce para todos

Eu bem vos disse que o quarto crescente da Lua traz(-me) coisas boas, mais não seja pela esperança renovada que tenho ao pensar que a cada um dos seus novos ciclos, um novo ciclo começa em mim também.

No domingo, ao anoitecer, ainda pequena e fina, lá estava ela e eu sabia [ou queria muito acreditar] que seria uma boa semana. Durante o dia de ontem entreguei alguns currículos e enviei outros online. Nada de novo. Hoje o mesmo. Ainda não foi para mim [directamente] o contrato, o trabalho, esse emprego que tanto procuro para o poder encontrar, essa benesse do quarto crescente. Foi para ele. Um merecido contrato, renovação de um laço com a empresa que já o vê trabalhar há alguns meses. E eu não podia estar mais feliz.

Quando a Lua nasce, nasce para todos e nasce para nós também.

Sobre o amor

Soubesse eu escrever desta maneira, tão apaixonada e inteligente, soubesse eu apenas escrever e colocar em texto o que penso sobre o amor e sobre os que dizem que "um dia vou perceber" que com o passar dos anos as relações perdem parte da magia, soubesse eu escrever e dar-lhes a resposta que alguém com pouca experiência no amor, como eu, poderia dar. Não sabendo, tenho a sorte de ser fã de uma das pessoas mais enamoradas que deve existir por aí e ler os textos lindos que, soubesse eu escrever, poderiam ter saído da minha mente.

"(...)Cada coisa que fazemos é ao mesmo tempo antiquíssima – como uma cerimónia que construímos juntos só para nós os dois – e novíssima, pelo desejo e pelo entusiasmo de lá estar, naquele lugar que ela abriu para mim e ela no lugar que só é dela, que sou eu. (...) 
Cada vez nos casamos mais. As diferenças dela vão cabendo cada vez melhor nas minhas. Cada vez somos (...) mais livres de sermos como somos, cada um de nós, e de sermos como somos, nós os dois. Ela torna-se mais ela; eu torno-me mais eu, ela e eu com menos medo que o outro fuja por causa disso. Mas com medo à mesma. (...)"

Miguel Esteves Cardoso | Público

domingo, 28 de setembro de 2014

Amor é...

Lancharmos fora e depois de eu já ter devorado comido o meu croissant ele oferecer o bocadinho do meio da sua torrada.

[Se para vocês não é romântico deixem-me dizer-vos que não há como o bocadinho do meio de uma torrada!]

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cheiro a casa

Depois de uma manhã menos chuvosa a correr contra o tempo, tentando que a mesma viagem do metro me permitisse mais do que um currículo entregue, a tarde ficou nublada. 
Por detrás de um sorriso fixo e de um positivismo assumido que também vacila sinto a falta de casa. Lá, tenho a certeza que o meu pai diria para viver "um dia de cada vez" sem querer apressar as coisas e a minha mãe, com uma energia só dela, obrigar-me-ia a arrebitar porque só agora comecei e mesmo sem trabalho continuamos a ser a família mais "rica" do mundo. E somos. 
A aprender a viver com as escolhas que fiz quis afagar a alma e o estômago com um bolo que vi a minha mãe fazer vezes sem conta. 
A cozinha cheira a laranja e a minha mente leva-me para junto daquele mar onde espera por mim aquela casa e a família com quem quero ser, também, a mulher mais rica do mundo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Fins-de-Semana

É impressionante a forma como passamos a valorizar o fim-de-semana [mais ainda] depois de trabalhar. Continuo à procura de trabalho mas, o mês em que trabalhei, fez-me gostar ainda mais daqueles dois dias e meio de descanso e, o facto do rapaz trabalhar durante a semana, faz com que esses dias sejam sempre mais completos.
Não temos viajado nem feito grandes passeios cá dentro [mas queremos muito...]. Limitamo-nos a estar juntos e a conhecer um bocadinho mais desta nova cidade que agora também é nossa. Tomamos um café quente na baixa e tiramos fotos. Olhamos o rio como se fosse capaz de nos levar até ao mar que deixámos e somos felizes assim enquanto trabalhamos para que dias melhores venham e mais paisagens preencham o nosso campo de visão.   

sábado, 20 de setembro de 2014

Resumo da minha manhã de sábado

Acordar cedo. Chegar à Loja do cidadão 15 minutos depois da hora de abertura. Notar que tinha 72 pessoas à frente. Vaguear enquanto aguardava. Passarem quase 3 horas. Sair da Loja do Cidadão. Fim da manhã de sábado.

Bom fim-de-semana.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

É da lua

Acredito mesmo na força da Lua. É capaz de mexer com as marés e se tem "força" para influenciar este mar pode influenciar muito mais. Não é à toa que se acredita que após completar nove luas uma grávida pode dar à luz no dia de uma nova mudança de fase. Não é a toa que tantos agricultores se baseiam no seu ciclo para plantar e colher. 
Ora, eu também me sinto influenciada pela sua força. Talvez por acreditar tanto nisso acabo por reagir às suas diferentes fases. Involuntariamente quando me acontecem coisas boas e inesperadas acredito que é quarto crescente, dias bons que me levam até à lua cheia, completa. E, da mesma forma, quando me sinto com pouca energia sei que é quarto minguante. Tal como a lua, hoje sinto-me com pouca força. Acordei sem aquela coragem de enfrentar o mundo com currículos debaixo do braço mas tenho de o fazer. Sinto que me falta um impulso mas que maior impulso é esse que o dinheiro para poder viver e a realização de fazer o que se gosta? 

Aguardo por um quarto crescente em mim que traga a força para subir a maré e com ela mudanças boas!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A cavalo dado não se olha ao dente

[Isto de dar títulos de provérbios aos posts começa a ser prato-do-dia...]

Por norma, quando me pedem dinheiro na rua, não recuso à primeira sem analisar em meia dúzia de milésimos de segundo toda a questão mas, mesmo recusando, fico a matutar naquilo por um bocado. Pedintes com corpo e força aparentes para trabalhar são riscados logo. Velhinhos fazem-me alguma confusão mas fico a duvidar. Crianças nem se fala e por isso quando uma vez uma menina me pediu dinheiro para comer esperei até que entrasse numa pastelaria até voltar as costas não estivesse um chulo à sua espera.

Ontem fui abordada por uma jovem que gesticulava com um bloco de folhas e caneta na mão. Li e tratava-se de uma lista assinada por aqueles que doaram dinheiro para a construção de um centro para surdos-mudos. Não percebi se havia alguma veracidade naquilo mas pareceu-me um boa causa. Na mesma lista estava também registado o valor doado por cada um e até ali toda a gente havia dado 20€. Perguntei se tinha de ser aquele valor e por gestos percebi que seria o que eu pudesse dar. Não estando eu numa situação propriamente favorável a doações também não quis negar ajuda à moça. Tinha algumas moedas, bonitas moedinhas por sinal, e sem chegar aos 20€ ainda lhe dei um valor razoável, achei eu... Aceitou e fez-me uma cara de tal desaprovação que fiquei com vontade de lhe retirar o dinheiro e ainda dar-lhe um sermão sobre boas maneiras!
Tenho muito respeito por todas as incapacidades e principalmente pelas pessoas que todos os dias lidam com elas e com as limitações que acarretam mas também conheço e já tive a oportunidade de trabalhar com muita gente que as tem e vive bem com isso e, muito menos as usa como pretexto para a má educação. 
Há coisas que me fazem muita confusão e a falta de educação é definitivamente uma delas! 
  

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Quem nasce largatixa nunca chega a jacaré

Recebemos a norte a visita de alguns familiares. Um bocadinho de mar envolto num sotaque forte repleto de "lhes" que nos acalmou a saudade. 
Lamechices à parte, estivemos a mostrar ao povo um bocadinho deste norte e, num restaurante típico onde provámos um dos pratos mais conhecidos da zona, o rapaz que nos atendia estava a dispor na mesa as entradas enquanto nos perguntava o que queríamos beber. Colocou uma cesta com pão e broa de milho, uma pequena tigela com tremoços, outra com azeitonas e uma outra vazia. Gulosa (e lagartixa) como sou ataquei um tremoço e coloquei, rapidamente, a casca na tigela vazia. O rapaz atrapalhado responde apressado:
- Peço desculpa mas essa tigela é para colocar o azeite. Pode retirar a casca?

Desculpe se eu nunca tinha estado num sítio onde se embebia o pão no azeite nas entradas, sim? Tigela vazia ao lado de tremoços ou azeitonas é para colocar cascas ou caroços!

sábado, 6 de setembro de 2014

A arte do piropo

Piropos existem em todo o lado. É ver um grupo de rapazitos na flor da sua idade-da-parva, hormonas saltitantes, e lá lhes vem a coragem para enviarem um par de palavras tolas às moças que passam. São os trolhas que, não sei se por causa do estatuto que adquirem por geralmente estarem a um nível superior, não se acanham em mandar uns quantos piropos ao mulherio todo. São aqueles cromos com mania que têm pinta que, ainda sozinhos, acham que têm piada e "zás!", mandam uns assobios mais um "deves achar que és boa" e pronto. 
Depois, há o piropo bonito. O piropo que não é ofensivo nem rebaixa ou ofende. Ser abordada na rua, educadamente, só para ouvir que se é bonita às vezes sabe bem. Sabe bem. 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

[Des]emprego

Estamos de volta. A substituição terminou e o que teve de menos bom teve de bom a dobrar. Pessoas felizes, colegas saudosos e uma pena muito grande na despedida. Uma despedida que pode muito bem ser curta mas que aconteceu. 
Sabia desde o início que era uma substituição e que pouco provavelmente seria maior do que realmente foi. Na prática estive sempre desempregada mas, estar ocupada estas semanas, serviu de aconchego ao ego, à carteira e a mim.

A procura continua, aliás, nunca terminou.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Coisas de cabelo... e de gaja

Com a mudança de casa (e de cidade) mudaram também os sítios do costume. No café ainda não sabem o meu pedido quando entro, no supermercado não me reconhecem e na frutaria ainda sou só a "menina". Nisto dos sítios e das pessoas do costume, para qualquer mulher e, principalmente quando se tem uma grande estima pelas mãos da nossa cabeleireira [e eu estou longe de ser toda pipi-não-me-toques], há um certo drama em encontrar uma nova "tal". O drama repete-se em relação à esteticista e já aqui falei no golpe que a minha carteira levou numa das minhas tentativas falhadas em encontrar a exterminadora de pêlos perfeita. 
Voltando ao assunto "cabeleireira", a minha rica Ana era faladora mas fazia exactamente o que lhe pedia e quando eram só umas pontas, eram mesmo só umas pontas, ao ponto de às vezes ter de lhe dizer que afinal podia cortar mais um bocadinho não fosse parecer que tinha ido colocar cabelo em vez de o cortar. Hoje, e porque já não cortava o cabelo faz uns meses, entrei num sítio porreiro aqui perto que costuma ter clientela e sobre o qual já andava a estudar a situação. Não queria arriscar ser "roubada" novamente. Tudo a correr normalmente não fosse a senhora que me estava a cortar o cabelo [já na parte de tesourinha mesmo] ter interrompido 3 vezes, sim, 3 vezes, o corte para fazer outras coisas, tais como, lavar outras cabeças e ir até à caixa receber pagamentos. Há coisas piores? Há. Não tem mal nenhum? Pois não. Mas é chato... Ficar com  os cabelos molhados e semi-cortados à frente da cara enquanto aguardamos pela cabeleireira é só chato. 

Continua a busca pelos sítios que se vão tornar "do costume"...

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Desta história de amor...

Acordar em conjunto e reconhecer no olhar ensonado como é bom termo-nos por perto, um no outro. Preparar café para dois e, por mais que esta distância [provisória] do mar e da família nos custe, sentir que é estando por perto que as coisas fazem sentido. Venham mais seis anos. 

Venham meias dúzias e dúzias aos molhos.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

"Ai destino, ai destino..."

Isto de ter um senhor das obras a cantar o tema fatídico de Tony Carreira durante o seu trabalho no pátio do meu prédio enquanto me encontro à procura de potenciais futuros locais de trabalho, não pode resultar em algo bom. E é isto.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Não te queixes...

Menos de um mês depois de terminada a licenciatura surgiu a oportunidade de trabalhar [sim, trabalhar!] na minha área. É uma substituição, é certo, mas é trabalho, é uma porta que se abriu, são pessoas novas que conheço todos os dias, é dinheiro, é experiência. É tudo o que podia pedir nesta fase, mas não é.
Questiono-me todos os dias sobre aquilo que faço e, apesar de gostar tanto desta profissão, existem tantos sítios onde é mal representada e estou num deles. Apesar disso continuo a questionar-me: "Porque é que ainda te queixas?" 
É uma substituição, é certo, são "só" mais uns dias e provavelmente terminou, ainda assim, fico a pensar se gostaria de ali ficar muito tempo e sei que não. Mas, seria capaz de recusar uma proposta deste local, caso ma fizessem? Também não porque preciso do dinheiro, da experiência, das pessoas e do trabalho. 
Até quando continuaremos, todos nós, os de todas as profissões, a aceitar "contratos" e propostas, só porque precisamos e não porque gostamos verdadeiramente do que fazemos e onde o fazemos?
Mas porque é que eu ainda me queixo?... É um contra senso.

Qualquer dia vira rubrica...

Ainda na saga dos programas da tarde e dos temas interessantes que neles se aborda, ontem falava-se em ideias e projectos originais em Portugal. Até aqui tudo muito bem, não fosse o jovem estar a apresentar um instrumento todo XPTO que serve para proteger as chuchas dos bebés de se sujarem quando caem ao chão. À parte da funcionalidade do objecto, algures na entrevista, foi-lhe perguntado porque é que um jovem teria criado algo para bebés, uma vez que ainda era novo e não tinha filhos.

Resposta: "Pois, os bebés são pessoas simpáticas."

Hun? Pois, às vezes até são.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sex Tape - O filme

Dá para umas gargalhadas mas é mais do mesmo no que toca a comédias (românticas) e eu já devia saber que se é para gastar tanto dinheiro no cinema é para ver alguma coisa decente.

Ainda assim, o nosso método "moeda ao ar" levou a melhor para este filme e lá fomos.



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Constatando...

Isto de chegar relativamente cedo a casa permite-me lanchar nas calmas e, na maior parte das vezes, em frente à televisão. Como temos a TDT e a coisa não está para muitos gastos, pelo menos para já, lá tenho de me contentar com os 4 canais que temos. Ora, e como devem ter ouvido falar, gente que trabalha até mais tarde e não vê TV à hora do lanche, o que reina na televisão portuguesa, ali algures pelas 16h, é o programinha da tarde, muito jeitosinho, muito dado à conversa, a um certo glamour e, principalmente, à boa música. Com esta minha nova rotina constatei que há mais "cantores" pimba por metro quadrado em Portugal do que baratas nesta casa [já foram mais que entretanto o exterminador já cá veio aplicar o milagre do extermínio].

E não vamos falar do nível das letras. É melhor não...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Obrigadinha, sim?

Nos correios, a enviar documentos.
O funcionário repara que tenho uma cópia autenticada. "Menina, não me diga que fez isso aqui ao lado... Pagou 14€, certo?" Eu, com um ar relativamente feliz por achar o valor "razoável" quando comparado com o que se pede por aí, mas só por comparação, porque é um abuso o que se pede pela porcaria de um carimbo numa folha de papel, fiquei amarela quando ele me diz que numa outra junta pagaria 2€. Isso mesmo, 2€.

Lá se foram 12€ passear, mesmo a coisa está boa...

Coisas que me mexem com o sistema

Ver alguém tratar mal outras pessoas, especialmente em frente a outras.

Ontem, numa junta perto de si, fui atendida por uma senhora muito simpática mas, e provavelmente por aparentar estar numa idade próxima da reforma, não muito dada a novas tecnologias ou a velhas, por sinal.
Não sendo eu cidadã da dita junta, era necessário criar-se uma ficha provisória (é assim que espero que seja esta minha estadia por cá). Atrapalhada na realização da mesma ficha através do computador, pediu ajuda a uma colega, visivelmente mais nova. A partir daqui foi um filme bem deprimente. A mais nova, se calhar já cansada de tantas solicitações mas ainda assim sem desculpa para tal atitude, desata a refilar em frente a toda a gente, com a senhora. "Ainda se fosse a primeira vez até entendia..." "Seleccione o nome... Só com o olhar não vai lá que isto ainda não é modelo de última geração..." "Hoje!"...

Nem olhava para ela tamanha a minha indignação, não por mim mas pela senhora que certamente se sentiu muito envergonhada e provavelmente já com uns bons anos de serviço em cima das costas a mais do que a outra garota...

No final lá lhe disse baixinho que estava tudo bem e que não tinha pressa. Irrita-me esta falta de respeito pelos outros. Irrita-me esta mania, esta falta de vontade.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Lei de Murphy

No supermercado, aqui perto de casa, é raro falhar esta lei, pelo menos para mim. Por ser mais pequeno, as funcionárias conhecem a maioria dos clientes. Então, é vê-las perguntar pelo cão, pelo gato e pela tia-avó. Nisto, a fila vai aumentado à mesma velocidade que a minha paciência vai diminuindo.
O engraçado é que, na hora de escolher a caixa, eu nunca falho: vou sempre para aquela que apesar de aparentemente estar a fluir, na realidade não passa de uma ilusão óptica e é aquela que me vai fazer "perder" mais tempo.

Damn you, Murphy!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Dia Internacional do Canhoto

"Ser canhoto é igual a ter olhos castanhos ou verdes, ouvido para a música ou mão para o desenho. Não é doença, não é defeito, não é nada - é normalidade"
Rui Vaz

Porque eu também sou canhota, um dia bom para nós!

Mudando de assunto

No meio das mudanças, das limpezas e do desespero das baratas ainda tem de haver tempo para continuar esta minha busca por trabalho. No outro dia ligaram-me de um dos sítios aonde fui bem recebida quando fui entregar o currículo pessoalmente. Nem quis acreditar que seria tão rápido. Para já é só para fazer uma substituição, ainda assim dá-me uma certa força para continuar. Nem chega a um mês mas é experiência [e uns trocos que dão sempre jeito]. 

Por agora, 'bora continuar esta busca...

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #4

... Espero que seja a última (crónica).

Finalmente esteve cá o exterminador [adoro este nome, até parece coisa de filme]. A ideia foi dar cabo das baratas TODAS mas hoje ainda vi uma e começo a achar que a coisa não ficou bem resolvida.
No entanto, e depois de muitos dramas, muita vontade de mandar o dono ir dar uma volta à Povoa e de mudar de casa não fosse a existência de um contrato, depois de tanta barata morta acho que estamos finalmente a chegar ao fim da mudança em si. Estamos a começar a nos habituar a esta nova casa e a esta nova vida e, depois de tudo, só espero que seja uma boa mudança para os dois.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #3

O que salva o dono desta casa é que, realmente, se trata de um senhor minimamente educado e prestável, no entanto, está metido em tanta merda coisa, desde casas para arrendar a uma cadeia de pastelarias para gerir e sabe-se lá mais o quê, que é o cabo dos trabalhos para conseguir que passe por cá ou atenda a porcaria do telefone e para que, efectivamente, consiga dar conta da situação das casas que arrenda.
Valeu-nos ter amigos que puderam disponibilizar gentilmente a sua sala para que pudéssemos pernoitar nas três noites que se seguiram ao incidente do caos instalado na "nova" casa, caso contrário não sei como iríamos resolver a situação. Lá no fundo até sei bem, eram três noites muito bem passadas num hotel 5 estrelas bem jeitoso com vista sobre o Douro, cortesia do dono acelerado. Isso ou encostados a um dos pilares inferiores da ponte D. Luís.
O pior é que a desgraça não acaba aqui. Terminadas as pinturas, pudemos finalmente mudarmo-nos. Não faço ideia que tipo de povo cá viveu antes mas, tenho a dizer que aproximavam-se de seres selvagens tamanha a porcalhice instalada, principalmente, na cozinha. Juro que quando viemos ver a casa não nos apercebemos de nada e começo a acreditar que montaram todo um esquema de disfarce para que ficássemos com a casa. Nunca vi tanta gordura junta [parte boa: conheci o Mistolin, o melhor detergente limpa gorduras que existe por aí] acompanhada de um cheiro tão desagradável provenientes de uma cozinha. Acho que nunca limpámos tanto como nos últimos dias. 
Mas, como é óbvio, tinha de haver mais qualquer coisa, só para não pudermos, finalmente, descansar... Baratas. 

What else?

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #2

Terminado o drama da água, até porque conseguimos apanhar os homens à saída do prédio e pedimos-lhes carinhosamente que voltassem a abrir a água para nós enchermos a banheira e o lavatório e assim terminarmos as limpezas, um arraial portanto, viemos até à "nova" casa, já com alguma da tralha.
Foi-nos dito que os inquilinos anteriores teriam saído dois dias antes e que de seguida um pintor teria dado uma mãozinha pela casa.
Ao chegar ao prédio ligámos ao dono que nos informa que tocássemos à campainha uma vez que ainda demorava e o pintor estaria lá em casa a terminar o trabalho. Já comecei a fumegar. Pintor? Oi? Então já não era suposto estar pintado há dois dias? E como é que vamos dormir aqui com o cheiro a tinta?
Muita calma, se calhar estava mesmo só a arrumar a tralha dele e já estava tudo pintado, vamos lá ver.
Campainha avariada, horas para nos abrirem a porta. Porta aberta. O caos.
"Oh menina, terminar? Ui... Só agora comecei. Os inquilinos saíram hoje."

E começou a minha jornada de dois dias de "sem-abrigo" com a casa às costas...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Crónicas de uma Mudança #1

Finalmente consegui ligar o meu PC. No meio de caixotes e tralhas por arrumar, é verdade,  mas o que é certo é que consegui encontrá-lo enfiado numa mochila entre a confusão e cá estamos, com 5 minutinhos para "espairecer".

Muito havia por contar sobre os últimos dias, a começar por termos feito um contrato que implicava entrar dia 1 de Agosto com a casa pronta a habitar e, eis que só no dia 3 a situação foi possível e, ainda assim, existe um sofá desmontado no meio da sala para ser levado daqui para fora tamanho é o odor [cheiro do demo] que ele emana.
Mal sinto as cruzes devido ao transporte da tralha que acumulámos que mais parece que somos 10 das nossas coisas mas, a seu tempo, está tudo a ir ao lugar, literalmente. A parte engraçada da coisa é que com toda a gente lá de casa do rapaz a se mudar, esta mudança foi uma espécie de super-mudança, ora levávamos caixas para uma casa, ora para outra e apesar de parecer que nunca mais iria terminar esta maratona, foi mais fácil descompensarmos todos juntos.

Mas, comecemos pelo início. Dia 31 de Julho, 11 horas da manhã. Último dia na casa anterior. Últimas arrumações. A minha pessoa besunta as mãos com sabão, liga a torneira e sai apenas uma última gota de água, tão solitária quanto o sol ultimamente. "MENINOS, JÁ NOS CORTARAM A ÁGUA!" Casas de banho por limpar, vidros com sabão, balde da esfregona sujo e, pior de tudo, as minhas mãos cheias de sabão!

Tinha tudo para correr bem.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Agora é a sério

Estão a chegar ao fim este dias de "férias surpresa". Férias que não foram planeadas até dois dias antes de se marcar a viagem. 
Não fui para uma grande cidade, não fui para praias paradísicas mas voltei a casa, sítio que me faz sempre bem visitar.
Amanhã rumo a norte [novamente] ao encontro desse ponto cardeal na minha bússola.
Alguns currículos enviados, poucas respostas, optimismo lá [sempre] mas a ser ofuscado pelos medos, pelos receios. 
Agora é a sério!  


quinta-feira, 24 de julho de 2014

A somar

E (quase) sem dar por ele, passou por mim, de mansinho, mais um ano.

Parabéns a mim!

terça-feira, 22 de julho de 2014

Oficial

É oficial. Saiu a última nota desta licenciatura.
Ao contrário do que devia ser [devia mesmo?] não me sinto imensamente feliz nem me apetece bradar ao mundo que acabou. Acabou, ponto final. Senti-me lá perto de felicíssima quando, depois da defesa da tese, percebi que não ia acabar o mundo e que até não tinha sido assim tão mau e que, finalmente, tinha acabado.
Com esta história do ano a mais, parece que este já não contou. Na realidade, em termos pessoais, contou e valeu por todos os outros mas, a minha vida académica tal como a vivi, acabou no ano lectivo passado quando os meus amigos guardaram as suas capas e eu guardei a minha também.
Hoje é apenas mais um dia em que me encontro de férias-o-desempregada. 
Se estou feliz? Estou, estou confusa com a nova fase, estou dividida por um pedaço de mar mas estou feliz.  

sexta-feira, 18 de julho de 2014

A culpa é do chocolate

Gostava de ser mais rigorosa nesta minha relação com o exercício físico. Às vezes basta uma mudança na rotina para deixar o exercício de lado. Acabo por voltar porque me sinto culpada, enferrujada e em baixo de forma e porque na verdade me sinto bem a fazê-lo. 
Não tenho peso a mais nem nunca tive mas também não tenho os abdominais da Carolina Patrocínio nem as pernas da Gisele. Tenho momentos melhores, aqueles em faço exercício regular e uma alimentação regrada, e outros menos bons como foi o último mês em que, tirando as refeições principais onde comia equilibradamente, todos os "intervalos" não existiam simplesmente e montes de guloseimas entraram alegremente no meu sistema graças à nervoseira que se instalou em mim recta final do curso.
Já voltei a tentar compor a minha rotina. Umas corridas ali, uns exercícios acolá... Mas e a alimentação? A moda ajuda e não me venham dizer que não. É muito mais fácil entrar numa onda saudável quando a cada esquina se houve falar no assunto. Mas, quando se é um bocado maluca por chocolate como eu a coisa fica mais difícil e, se por um lado não me custa nada comer fruta e legumes, cereais e iogurtes naturais, a falta de chocolate dá cabo de mim. 
Já cheguei à conclusão que isto de ainda não ter conseguido ficar com um corpinho Danone não é culpa minha mas sim do chocolate e de um ou outro salgadinho e de alguma preguiça, vá. 
Mas persistência, persistência!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Escape

De um dia para o outro surgiu a oportunidade de ir a casa.
Meia dúzia de dias, cheirinho a mar, colo da família, carregamento de energias para um Agosto ainda mais quente a norte.
Muitos prós, alguns contras. Currículos a serem entregues à distância, amor longe [outra vez], mudanças para breve, viagem cara ["íssima"]...

Vou respirar bem fundo e inalar a boa energia de que preciso. Casa lembra férias. Agora sim, estou de férias! 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Os primeiros "nãos"

Eu sabia que esta minha persistência e optimismo para a fase de "desempregada oficial" iam levar uma boa sacudidela quando começasse a ir entregar currículos pessoalmente. 
Toda eu era [sou!] optimismo, força de vontade, "vou conseguir" para aqui, "ir aos sítios e apresentarmo-nos é meio caminho andado" para acolá.
Comecei hoje o roteiro de entrega... Com mais ou menos boa disposição nem me deixam passar a recepção. A gerência nunca está e falar com um colega de profissão "não muda nada". 

"Deixe aqui o seu currículo". E vejo a pilha aumentar e tenho uma certa certeza de que não vão ligar.

Mas para frente é o caminho e só agora começámos!

Depilação... do bolso

Mulheres que visitam este meu tasco, partilhem comigo quanto gastam para depilar o pipi.  Dito assim pode parecer um pouco mau, mas digam-me que preços se praticam por esse país fora para depilar as virilhas.
Uma pessoa, a visualizar uma bela tarde de praia, sol, mar, corpo ao leu, não quer cá saber de mais adornos decorativos, entenda-se pêlos. A mesma pessoa vai a uma esteticista, cujo sítio aparentava ser simpático mas nenhum spa de luxo. Cera para baixo e para cima. Ai, ui, ai, ui. Feito. "São 15€, menina."

HUN?!! Como? Até me deu uma ligeira taquicardia tal foi o espanto, seguida de uma vontade de chorar para ter a minha penugem de volta e poder manter os meus ricos 15€ na carteira.

Conclusão da história: nunca depiles o pipi sem perguntar o preço primeiro. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A vizinhança

Já tinha ouvido falar da "animação" no quarto de um dos colegas de casa do rapaz mas hoje, hoje testemunhei. E não foi bonito.
Reconciliação com a namorada. Parede do quarto dele colada à nossa wc privada. Silêncio. Eu na wc. Barulho... Barulho... Mais e mais barulho... E puuf. Silêncio. 

15 minutos depois na cozinha:
Ele e namorada (muito bem dispostos) - Bom dia!! Tudo bem? 
Eu (a associar as caras aos barulhos...) - Bom dia! Tudo óptimo... 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Uma coisa de cada vez

Ainda não parei muito para pensar. Em [muito] pouco tempo estou numa nova cidade, sou licenciada, vou assinar um contrato de arrendamento e estou desempregada.
Aconteceu tudo tão depressa. Ou não. Levou o seu meu tempo.
Sinto que há tanto para assimilar que os medos invadem-me novamente. Mas vou conseguir porque eu consigo sempre e só assim funciona: acreditando que consigo.

Casa já temos. O curso está feito mas sem a papelada que o confirme. Ando a vasculhar o que há de trabalho por aqui [vou conseguir!, repito para mim consecutivamente] e em breve sei que vou encontrar a coragem que já mora em mim para bater a essas portas todas.

A procurar o meu norte, a norte.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Julho

Julho é o meu mês. Não é mais do que os outros mas, até este ano, representou sempre coisas boas, representou férias, verão, calor, mar, descanso, energias renovadas, casa, amigos e gargalhadas. Até este ano porque este é o primeiro em que passo a linha estudante - desempregada - empregada-assim-espero.
Este ano, Julho vem com esse peso, o peso da mudança. Nova cidade, nova casa, nova vida. 
Este ano, Julho até me parece assustador mas não deixa de ser o meu mês, o mês bom. 


segunda-feira, 30 de junho de 2014

Mudanças [outra vez]

Sem querer mentir, esta é para aí a 8ª mudança que faço nos últimos 5 anos. E não acaba aqui. Num mês mudo-me novamente e espero daqui a uns aninhos [não muitos] mudar-me outra vez, desta vez para junto daquele mar...
Isto de fazer mudanças é chato como tudo. Constato todas as vezes que tenho coisas a mais mas continuo a arrastá-las atrás de mim como se me estivessem coladas. Fartei-me dos caixotes e foi tudo em malas, até porque de autocarro era mais fácil (fácil?!) de transportar. A minha mala nova, praticamente virgem, quase explodiu pelas costuras de tão cheia que ia... As malas mais velhas só não rasgaram pelas pontas porque não era para ser... Hoje doí-me cada pedacinho de mim e, quanto aos braços, nem devo tê-los tamanha a mazela... 

Apesar de tudo, hoje é o primeiro dia do resto da minha vida nesta cidade. Cidade a norte plantada pelo qual há muito ansiava... Vamos ser felizes? Vamos.

domingo, 29 de junho de 2014

Aguentei

Já passou. *
Duas semanas de doidos. Muita tensão e gargalhadas parvas ao mesmo tempo. Está defendida essa tese e correu bem. Contra todos os maus momentos, os nervos, a ansiedade, as horas de sono a menos, correu bem. Vamos esperar que seja "oficial" e avançar...

* - Por agora... Venha a nova fase.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Aguenta

Hoje foi um dia duro. 
A defesa do trabalho feito durante o estágio foi uma valente merda não correu muito bem. 
Pensei em como estou cansada daquelas paredes, daquele ambiente e dos professores (lamento mas é verdade) e senti mesmo pena por não ter acabado o curso no ano passado junto daqueles que me faziam bem. Pensei que não posso pensar assim e que se não tivesse sido assim não tinha conhecido as pessoas que conheci nos estágios que fiz, não tinha passado tanto tempo no quentinho do colo lá em casa, não teria sido como foi e pensei que já tinha decidido deixar de pensar em " e se...". Pensei que se tudo correr bem, dentro de duas semanas já terá passado, já terei acabado o curso e rumarei a um novo começo.
Pensei: "Aguenta".

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Welcome to Lisbon

Nada como apanhar um táxi em Lisboa parra apanhar uma dose de realidade sobre estarmos de volta à grande cidade. O sr. a dar-lhe mais de 120, a contornar os carros como se de um jogo de obstáculos se tratasse e o meu coração a sair-me pela boca.
Entretanto já estou um bocadinho mais a norte mas estou de volta.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Outra vez

Admiro os animais, aqueles apelidados como irracionais. Os progenitores cuidam dos filhos enquanto são indefesos, dão-lhes comida e abrigo, mostram-lhes a arte de caçar, voar, crescer e desapegam-se. Deixam os filhos saírem de si.
Nos humanos não é assim, há esta maldita ligação que nos faz doer cada pedacinho de carne por partirmos em busca de um futuro melhor. Não, não é maldita, é bendita e que privilégio é ter uma ligação assim com quem nos criou mas custa tanto sair... 
As malas estão prontas e em menos de nada estarei novamente a sair de casa e desta vez para voltar daqui a mais tempo.
Vai correr tudo bem, acredito e quero acreditar que sim.

sábado, 7 de junho de 2014

Recordar é viver

No início da próxima semana rumo novamente para outros portos. Na primeira etapa defender a tese e, na etapa seguinte, rumar a norte ao encontro do mais-que-tudo, de trabalho, de um novo começo.
Este fim-de-semana é o último, antes de um ansiado regresso, a aproveitar este clima ameno, a comida boa de casa, as parvoíces da família e este cheirinho a mar. 
Para ajudar à festa acontece neste fim-de-semana uma feira medieval onde fui muito feliz. Ontem dei conta que a última vez em que nela participei foi há seis anos e, desde então, estando por outras zonas de Portugal não mais participei. Ontem dei conta que a nostalgia é mesmo tramada e ao som dos tambores e da gaita de foles, à luz do fogo cuspido pela boca daqueles homens, ao cheiro das ervas aromáticas veio-me à memória como aquela feira representou também para mim um novo começo e a nostalgia é tramada para caraças.  

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Heart

Isto de se encontrar a peça que encaixa na nossa, neste puzzle confuso, é difícil. É difícil em tudo, na amizade, no trabalho mas, é também no amor. Sim, isso de um olhar fatídico ser suficiente para que o amor aconteça, na prática só acontece na televisão ou então até dá para a vida real mas não deve dar para muito mais se não houver qualquer coisa, se não houver dedicação, se não houver cumplicidade.
A sorte ajuda, ajuda pois, mas já alguém dizia que essa sorte também se constrói, que os astros alinham-se de alguma maneira porque nós permitimos que assim seja, reunimos esforços e energia para tal. 
Eu não me posso queixar muito [nem pouco para dizer a verdade]. Nesta história do encaixe não sei por quanto tempo essa ligação manter-se-à, por quanto tempo o puzzle estará ligado contra o desgaste do tempo, do avançar das tendências, das mudanças... Mas adoro o puzzle que construímos e a cumplicidade que temos!

Long live the heart
Long live he soul

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Junho

Nem dei pelo tempo a passar mas parece que foi ontem que fiz todo um drama porque ia começar um novo estágio, novas pessoas, novos medos, novas metas... Termina amanhã. Tantas coisas boas, tantas histórias de vida, tantos desafios... Passou tão depressa. 
Junho, sê bom... 

sábado, 31 de maio de 2014

Som de fim-de-semana [de muito trabalho]


E repete, repete e repete outra vez...

Só é dor se for vontade de agarrar,
Só é fogo se queimar...

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Pensamentos de Fim-de-Semana

"Num mundo em que olhamos constantemente para o futuro, tire algum tempo para apreciar o passado."

Não sou uma defensora acérrima de se viver preso aos erros e proezas do passado. Talvez por vivermos assim, nós portugueses (alguns... poucos... muitos... não sei.), vivemos agarrados aos feitos e descobertas do passado, às glórias, ao nosso D. Sebastião ainda a tempo de voltar e vivemos assim... Pacificamente [e por mim falo]. Mas, apesar de tudo o que não é assim tão bom na nostalgia e nas memórias a que nos prendemos, tirar um bocadinho para se perceber o que se anda a fazer neste mundo, perceber se o que se faz cá é mais do que consumir recursos sem dar nada em troca ou se realmente temos alguma marca na vida de alguém, pode ser um exercício bom.
Este exercício diário de perceber as ironias do Universo pode ser cansativo mas, aos poucos, as respostas vão chegando. Ainda não tenho muitas mas hão-de chegar, a seu tempo. Novas mudanças para breve. Deixar a família [mais uma vez], crescer mais e mais, encostar a um canto essa zona de conforto e ser forte, sempre mais forte. Apreciar o que foi bom no passado e, a cada dia, construir esse futuro, esse futuro bom.



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Querem dizer-me alguma coisa?

Lembram-se deste episódio? Em que um autocarro quase passou por cima de mim quando ia a sair da garagem [ou seria eu que ia passar por cima do autocarro?]?
Ultimamente, cada vez que saio da garagem, se houver algum vizinho nas redondezas a descansar encostado a um muro, levanta-se prontamente e dá-me indicações...

Oh pá...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Esta [maldita] zona de conforto

Em 3 dias já recebi duas propostas/convite/sugestão de emprego... Uma delas para fora do país mas para começar semanas antes da conclusão oficial desta licenciatura. Outra, uma proposta perto de casa, na zona de conforto, mas completamente fora do que defendo e do que acredito.
Estão postas de lado. As duas (até ver...).
E sinto aquele frio... Aquele olhar dos pais que me querem ver "encaminhada"... O meu próprio olhar para mim mesma...
Crescer é bem tramado... Tramado, porra! 

sábado, 17 de maio de 2014

Desta correria desenfreada

Eu não sei se alguma das teorias da conspiração sobre o aceleramento do tempo tem algum pingo de verdade, a realidade é que sinto que o tempo voa. Não é que isso seja necessariamente mau, mas tenho medo de um dia olhar para trás e achar que passou tudo tão depressa, depressa de mais.
Por cá os dias passam a mil e, apesar de custar horrores o acordar ainda quando a manhã não é real, passam-se bem estes dias. Saudades dele e delas, os medos de sempre do que está a se aproximar mas, ao mesmo tempo, uma certa paz e uma espécie de instinto que me manda viver o momento sem antecipar sempre as coisas.
Que assim seja. 

domingo, 11 de maio de 2014

Dilemas virtuais

A minha orientadora de estágio pediu-me amizade no Facebook.


Aceitar ou não aceitar? Eis a questão...

sábado, 10 de maio de 2014

Exercitando o corpo e a mente

Como já aqui falei mais do que uma vez, gosto de fazer desporto. Apesar de já não estar no ginásio vou tentando fazer exercício (sempre que possível) mais do que 3 vezes por semana.
Cá na freguesia e no seguimento de um evento relacionado com a saúde, os ginásios da zona estiveram a dar aulas ao público, grátis, como a gente gosta, portanto.
E lá fui eu, dona do meu nariz a achar que tinha preparação, que estava em forma e que ia só aproveitar o facto de ser grátis e ver o ambiente. Enganei-me redondamente. 
Isto de fazer aulas em frente ao PC é muito giro mas ainda não provoca em mim aquela coisa chamada "vergonha de fazer figura de urso" uma vez que estou em frente ao aparelho no conforto do meu lar. Pois que ali em pleno centro da cidade não ficava nada bem estar a fazer cenas tristes (acabei por fazer à mesma) e lá dei o máximo de mim, o que tinha e o que não tinha. Ora, quase no final da semana sinto mal as pernas, sinto muita dor (mas é) nos peitorais e ando com uma marcha um pouco particular. Mas no que fiquei mesmo a pensar é que sinto falta daquele espírito das aulas, do estimulo, da motivação e da entre-ajuda de fazer desporto em grupo. Mais do que trabalhar o corpo (e dar cabo dele, claro está) conheci pessoas novas, ri-me, espaireci e isso valeu muito. 

Fica no ar a hipótese de voltar ao ginásio ou pelo menos ao exercício de grupo. Até lá falta terminar a semana com uma caminhada bem jeitosa!