domingo, 22 de fevereiro de 2015

Por entre os dias menos bons...

Há sempre o amor e esse, apesar de tudo o que de menos bom anda à [minha] volta, está sempre lá para me levantar de cada vez que os meus joelhos querem tocar no chão.
Há sempre a gargalhada dos amigos, com quem nem sempre temos tempo para estar, que faz soltar a minha também.
Há a boa música que enche as paredes de um coliseu e os arrepios que se sentem sempre numa voz de que se gosta.

Por entre os dias menos bons continuo a ser eu e a ter quem gosto por perto, ainda que alguns estejam a quilómetros de distância...

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A vida e as cores

Não sei bem quando começou, quando surgiu este sentimento mas, infelizmente, começo a perceber melhor as pessoas tristes. Basta que uma coisa aparentemente pequena comece a tomar conta de nós e o caos instala-se. No início nem se lhe dá importância porque "vai passar" e porque "há coisas bem piores" e porque "tenho tanta sorte". Depois, passa a ser rotina e de repente estamos tristes, cansados e com pouca força para virar a coisa ao contrário e ainda assim sentimo-nos estúpidos porque nem devíamos estar assim tendo em conta as desgraças que vão por esse mundo fora.
Não sei quando começou mas sei que está relacionado com o meu trabalho este sentimento de que o mundo é meio cinzento. Gosto da minha profissão mas já perdi a conta das vezes em que disse que não gosto da forma como a faço onde trabalho nem do ambiente que ele tem. E pensar que fui eu que o escolhi.
Todos os dias sinto que me perco um bocadinho ali e que aos poucos as cores que trago em mim vão ficando mais frias e menos quentes. Tenho medo que a minha convicção de querer levar até ao fim este contracto comigo, de que só em Outubro sairei dali, dê cabo do que sou.
Sou alegre por natureza e disfarço o melhor que posso mas não estou feliz. 
Continuo a acreditar e sei que não poderei tirar melhor lição desta experiência mas...

"Porque o cinzento da vida não se entorna quando trazemos o Sol dentro de nós." 
Isabel Saldanha 

É para o que me dá

Passo os dias à espera do fim-de-semana para, entre outras coisas, poder dormir mais um bocado e, quando finalmente é sábado, estou de olhos abertos às voltas na cama desde as 7 horas da manhã. Ninguém merece.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A minha sexta-feira 13

Primeiro dia, em dois meses, que o chefe não gritou comigo.
É capaz de haver mesmo algum mistério neste dia. Neste caso, mais para o lado da sorte boa.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Como pôr uma fila a mexer

Para quem nunca subiu a torre dos Clérigos, a subida/descida não é controlada, isto é, apesar de pago, os lances de escadas são os mesmos para quem sobe e para quem desce e, pode dizer-se que é um nadinha para o apertado. [Não é uma crítica, é uma constatação. A subida vale bem a pena.]

Neste fim-de-semana, numa visita à torre, a certa altura durante a descida tivemos que parar para que umas quantas pessoas pudessem subir. O meu paizinho, fartinho da longa espera, vira-se para a malta de baixo e diz:
- Vem uma senhora grávida atrás de nós!
Os de baixo perceberam a mensagem e os de cima perceberam que a grávida vinha a subir.
Conclusão: Chegámos cá abaixo num instante e penso que ainda andam à procura da grávida...

O meu pai ainda se está a rir...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O chocolate é o meu tabaco

Gasto dinheiro diariamente com o dito produto, consumo diariamente o dito produto, não me sinto nada bem quando não tenho o dito produto para consumir, sofro as consequências no corpo por consumir o dito produto.

Tenho um vício.
Olá, eu sou a Miss Memories e não consumo chocolate há... meia dúzia de minutos. "Olá. Miss Memoriessssss...."


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

relativizar [eu tento]

Entrei no novo ano com o verbo "relativizar" na mente. Sabia o que me esperava no novo trabalho e, uma vez assumindo que até Outubro cá estaremos, não há mais nada a fazer a não ser aceitar e relativizar. Não levar tão a sério não ser o local de sonho para se trabalhar, não levar nada tão a sério o "querido" chefe/colega, encarar de forma positiva as faltas e as saudades, tirar o melhor partido das noite e dias frios.
Mas, [porque há sempre um "mas"] tem sido difícil para caraças! Às vezes custa relativizar uma repreensão quando se sabe [ou acha mesmo] que se tem razão, às vezes custa relativizar quando o que se pensa estar a perder parece ser maior do que o que se está a ganhar. Às vezes custa. Mas relativizo e acredito. Tudo acontece por uma razão e eu sei bem as minhas.
Na véspera de ter comigo mais daqueles que amo e com eles os saberes e o calor da minha ilha não posso não relativizar, não posso não acreditar que será melhor. Só pode ser melhor.
Venha daí esse abraço!

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O maior mês do ano [Janeiro]

Passou. 
Não sei o que é que estes 31 dias têm, não sei o que é que estas 5 semanas  quase completas nos fazem mas a verdade é que passam por nós devagar. Devagar de mais.
Talvez é por saber que as festas ficaram em Dezembro. Talvez é a desilusão de achar que tudo muda após as 12 passas e o salto com o pé direito. Talvez é a pressa de pensar que tudo o que se semeou na passagem de ano vá florir em Janeiro como se de magia se tratasse. Não sei o que é mas Janeiro é normalmente duro. Passa por nós devagar como se a querer que o inalássemos bem, como se a querer que o usássemos para reflectir sobre todos esses novos começos planeados.  

Mas, já passou.
Teve momentos altos e outros nem por isso. Tentei contemplar esta Invicta após um regresso triste da minha Pérola solarenga. Soube que ia ser tia e isso tornou este Janeiro [e a minha vida] muito mais doce. Comecei oficialmente o meu estágio profissional e amarguei. Senti saudade, senti desilusão e senti sorte. [Re]vi amigos. Namorei. Comemorei o aniversário dele.

Já passou, Janeiro já passou.