Ainda noutras terras e nos tempos descompassados que fui por lá vivendo, marquei viagens de regresso para esta ilha, as quais não fazia ideia vir a cumprir tão cedo.
Na tentativa de remediar o caos financeiro que causei a segurar as pontas de um coração esfomeado de colo e banhos de mar fui alterando as datas e as rotas de maneira a que os destinos de chegada e partida se ajustassem aos tempos que neles podia passar.
Hoje, ao abrir a caixa de email dou de caras com uma mensagem da Transavia:
Cara, Sr.ª Miss Memories, Bem-vindo a casa!
Não, cara Transavia, em casa estou eu agora, ainda que o moço tenha levado com ele um bocado do ninho na viagem que devia ter feito com ele. Casa é esta, rodeada de mar e essa viagem que não fiz foi a única que deixei escapar nas alterações que fui fazendo na vossa base de dados e na minha cabeça agitada qual tombola do Euro-milhões. Cara Transavia, não me venha agora tramar, dar ainda mais voltas a esta tombola e confundir-me porque os destinos de chegada e partida estão marcados e o regresso será sempre deste lado do oceano.