sexta-feira, 31 de maio de 2013

Há dias...

Tão bem que se está hoje. Hoje, ninguém se pode queixar do mau tempo, da falta da Primavera prometida, da falta do cheiro a Verão que teima em não aparecer. Hoje, o dia está radioso, o sol brilha e apetece estar na rua, num banco de jardim só a ver gente passar. E, com a gente, a sua história. Aquele velho cabisbaixo de chapéu, que viu o tempo levar com ele o amor da sua vida. A teenager cujo passo é maior que a perna e os calções bem mais curtos. A mulher atarefada, cheia de sacos, de certeza que tem pressa. 
Hoje apetece estar na rua, num banco de jardim a pensar no futuro. Esse futuro bom que faz esquecer o que realmente tenho, o presente. Quando o presente não é tão bom quanto quero, tenho a mania de saltar para o futuro porque tudo "vai ficar melhor". Nah... Não fica. Aliás, até pode ficar, mas só fica se começar hoje a moldar o presente, a mexer-me por aquilo que quero que seja o futuro. 

Mas, há aqueles dias em que só apetece estar na rua, num banco de jardim.


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