terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sobre o amor

Soubesse eu escrever desta maneira, tão apaixonada e inteligente, soubesse eu apenas escrever e colocar em texto o que penso sobre o amor e sobre os que dizem que "um dia vou perceber" que com o passar dos anos as relações perdem parte da magia, soubesse eu escrever e dar-lhes a resposta que alguém com pouca experiência no amor, como eu, poderia dar. Não sabendo, tenho a sorte de ser fã de uma das pessoas mais enamoradas que deve existir por aí e ler os textos lindos que, soubesse eu escrever, poderiam ter saído da minha mente.

"(...)Cada coisa que fazemos é ao mesmo tempo antiquíssima – como uma cerimónia que construímos juntos só para nós os dois – e novíssima, pelo desejo e pelo entusiasmo de lá estar, naquele lugar que ela abriu para mim e ela no lugar que só é dela, que sou eu. (...) 
Cada vez nos casamos mais. As diferenças dela vão cabendo cada vez melhor nas minhas. Cada vez somos (...) mais livres de sermos como somos, cada um de nós, e de sermos como somos, nós os dois. Ela torna-se mais ela; eu torno-me mais eu, ela e eu com menos medo que o outro fuja por causa disso. Mas com medo à mesma. (...)"

Miguel Esteves Cardoso | Público

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